O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu votação aberta na sessão do Senado em que será definida a situação de Aécio Neves, afastado do cargo de senador por decisão da primeira turma do Supremo Tribunal Federal. Além do afastamento do cargo, os ministros determinaram que Aécio Neves fique recolhido durante à noite em sua residência.
Autor de proposta que deu origem à emenda constitucional que acabou com a votação secreta no Congresso Nacional em algumas situações, Paulo Paim afirmou que esse tipo de voto é típico dos regimes autoritários e impede que a sociedade saiba qual o posicionamento de cada parlamentar sobre as decisões tomadas no Senado e na Câmara dos Deputados.
— Entendo que o homem público, ao ser eleito, recebe uma procuração lavrada nas urnas, pela população, para aqui ser o representante. Claro que ela tem que saber como você vota. Há uma cumplicidade entre eleitos e eleitores que não pode contemplar a ocultação de decisões. O processo tem que ser transparente — defendeu.
Paulo Paim também relatou compromissos que teve no Rio Grande do Sul na última semana quando discutiu com trabalhadores, pensionistas e aposentados as reformas da previdência e das leis do trabalho.
O senador aproveitou para reafirmar que a previdência não está falida. A falta de dinheiro no setor decorre de irregularidades, como a falta de recolhimento de contribuições por parte de algumas empresas.
Artur Hugen, com Agência Senado/Foto: Jefferson Rudy/AS
19 de Novembro, 2024 às 23:56