O Paraná quer expandir suas relações comerciais com países do Oriente Médio. Esta foi a principal mensagem do governador Beto Richa durante reunião com embaixadores do Irã, Israel, Líbano, Turquia, Catar e representantes do corpo diplomático do Kuwait e da Arábia Saudita no Brasil.
No encontro em Brasília, nesta terça-feira (17), Richa apresentou potenciais do Paraná e reforçou a importância de abrir novos canais de diálogo com um dos mercados mais importantes para a economia paranaense.
Hoje, o Estado é responsável por 10% do comércio do Brasil com os países da região, sendo um dos principais fornecedores de carnes e de grãos. A Arábia Saudita é o quinto maior mercado importador de produtos paranaenses, atrás apenas da China, Argentina, Estados Unidos e Holanda. “Queremos reforçar e ampliar as boas parcerias com todos os países do Oriente Médio”, destacou o governador Beto Richa.
Richa também pediu aos diplomatas que considerem o Paraná como opção para novos investimentos no Brasil. “Havendo interesse dos países de investir no nosso País, que seja no Paraná”, enfatizou o governador, que também ressaltou que o Estado vive o maior ciclo industrial de sua história. “Fruto do diálogo com o setor produtivo, segurança jurídica e programas de atração de investimentos, como o nosso Paraná Competitivo”, disse.
Durante a reunião, Richa destacou, ainda, a proximidade do Paraná com países do Mercosul e com os maiores centros consumidores do Brasil. Ele também salientou que a qualidade da infraestrutura, mão de obra qualificada, economia dinâmica e forte produção agrícola estão entre os diferenciais do Estado, que é o terceiro maior polo industrial do País.
Infraestrutura e energia
No encontro também foram discutidas possíveis parcerias nas áreas de infraestrutura e energia. Um dos focos é a ampliação do eixo ferroviário do Paraná com a construção de uma ferrovia ligando o Porto de Paranaguá a Dourados, no Mato Grosso do Sul. Na área de energia, a proposta é aproveitar a expertise dos países do Oriente Médio nos setores de gás e energia renovável, principalmente éolica e solar.
O embaixador do Irã, Seyed Ali Saghaeyan, afirmou que seu país tem grande interesse no Estado. “O Paraná é uma das unidades da federação brasileira que se destaca e, por isso, queremos ter mais contato, principalmente com os setores de energia, segurança e agricultura”, disse.
O embaixador de Israel, Yossef Abraão, destacou que há interesses comuns na área de segurança pública e já há negociações em curso. "Os especialistas devem vir já nos próximos meses para conversar sobre novas oportunidades de negócios”, disse. Os israelenses também já demonstraram interesse em parcerias com o Paraná nos setores de saúde, agricultura e tecnologia.
Reuniões
O encontro com embaixadores do Oriente Médio dá continuidade a uma série de eventos organizados pelo escritório de representação do Paraná na capital federal para fortalecer as relações internacionais do Estado. “São conversas e networkings que facilitam a relação e a comunicação entre o Estado e países que têm grande potencial de compra”, disse o secretário Especial de Representação do Paraná, Luciano Pizzatto.
Para o presidente da Agência Paraná de Desenvolvimento, Adalberto Netto, a relação com o Oriente Médio é antiga e tem tudo para ser ampliada. “E essa parceria vai crescer ainda mais por causa da alta completividade das cadeias produtivas do Paraná, como soja, milho e carnes”, disse.
O prefeito Rafael Greca, também presente ao encontro, afirmou que as relações com outros países são essenciais para o crescimento do comércio internacional. “A realidade do mundo globalizado pede governos que têm contatos mais intensos com a diplomacia comercial”, disse.
Presenças
O encontro com diplomatas do Oriente Médio teve a presença dos secretários estaduais Ezequias Moreira (Cerimonial e Relações Internacionais), Mauro Ricardo Costa (Fazenda), Juraci Barbosa Sobrinho (Planejamento e Coordenação Geral) e Norberto Ortigara (Agricultura e Abastecimento), além dos presidentes da Copel, Antônio Guetter, e da Sanepar, Mounir Chaowiche, e do embaixador da Ucrânia no Brasil, Rostyslav Tronenko.
Artur Hugen, com AEN/GPR/Fotos: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56