O senador Lasier Martins (PSD-RS) voltou a exigir esclarecimentos do ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho, durante audiência dia (25/10) na CPI do banco. Ele questionou o executivo sobre as operações atípicas envolvendo o grupo dos irmãos Batista e porque os investimentos em infraestrutura no país foram preteridos em favor de outros no exterior.
Coutinho deu respostas evasivas e tentou convencer de que os recursos geraram mais empregos no Brasil que lá fora, sendo rebatido por Lasier. “Como o grupo JBS quintuplicou de tamanho tão rapidamente, se tornando a maior processadora de carne do mundo? Foi tudo talento excepcional do Joesley Batista?”, provocou o parlamentar.
Lasier também inquiriu Coutinho sobre a notícia de que o ex-presidente do BNDES foi indiciado pela Polícia Federal juntamente com a primeira-dama de Minas Gerais, Carolina de Oliveira, por corrupção passiva no âmbito da Operação Acrônimo. “O senhor conhece essa senhora? Qual é a sua relação com ela?”, perguntou.
Coutinho disse que foi apenas apresentado a ela e que tinha apenas “relações institucionais” com o governador petista Fernando Pimentel, que não foi indiciado porque tem foro privilegiado. A CPI da BNDES aprovou hoje seis requerimentos de Lasier para a transferência ao colegiado de sigilo dos empréstimos do banco referentes a obras tocadas na África e na América Latina por empreiteiras brasileiras.
Foram requeridos documentos relativos aos projetos do Aqueduto do Chaco (Argentina), da OAS; da segunda ponte sobre o Rio Orinoco (Venezuela), da Odebrecht; da Hidrelétrica de Chaglla (Venezuela), da Odebrecht; da Barragem de Moamba Major (Moçambique), da Andrade-Gutierrez; Hidrelétrica de San Francisco (Equador), pela Odebrecht; e do Aeroporto de Nacala (Moçambique), pela Odebrecht.
Artur Hugen, com Assessoria de Imprensa/gabinete/Foto: AS/Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56