O Brasil tem atendido demandas dos europeus que facilitam o Acordo entre o Mercosul e a União Europeia, disse nesta terça-feira (31), o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) a parlamentares que recebeu em reunião, representando os dois blocos econômicos.
“Da nossa parte, temos todo o interesse de que o acordo ande e seja bom para os dois lados”, disse o ministro, que solicitou aos europeus o atendimento de reivindicações apresentadas pelo Brasil.
O ministro lembrou que, após a visita que fez ao parlamento da UE, em janeiro deste ano, muitas reivindicações foram contempladas pelo governo brasileiro.
Por exemplo, a liberação para a entrada de carne de coelho da Espanha, peras da Bélgica, produtos lácteos e carne suína dos Países Baixos e pescados de Portugal.
Apesar de ainda haver impasses e pendências, os representantes europeus asseguraram que a maioria dos deputados tem interesse em fechar acordo com o Mercosul. Uma das discussões em curso está relacionada à aprovação de indicações geográficas em produtos similares produzidos na América do Sul e Europa e que se encontram em consulta pública.
Os deputados europeus pediram ao ministro Blairo Maggi informações sobre questões fitossanitárias e receberam a garantia de que os produtos brasileiros têm qualidade e que o sistema de fiscalização brasileiro é robusto. Maggi lembrou que na operação Carne Fraca houve falha de comunicação e, por isso, produtos brasileiros geraram questionamentos, mas acredita que isso esteja superado. “Houve comunicação errada”, explicou o ministro, acrescentando que “distorções trouxeram problemas. Mas, muito rapidamente, houve a compreensão de que havia exageros na divulgação”.
Maggi observou que após o episódio da Carne Fraca, países compradores passaram fiscalizar 100% dos containers de carnes exportados e que não foram encontradas inconformidades nos produtos.
Os parlamentares europeus impressionaram-se com números apresentados pelo ministro Blairo Maggi em relação à questão ambiental. De acordo com dados da Embrapa Monitoramento por Satélite, a partir do Cadastro Ambiental Rural (CAR), atualizados em 2017, e confrontados com outras fontes disponíveis, 66,3% do território nacional está coberto de vegetação nativa.
Artur Hugen, com Coordenação-geral de Comunicação Social do Mapa/Fodot: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56