O deputado federal Pepe Vargas (PT-RS) ocupou a tribuna da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul no início da semana, para manifestar-se contrário à terceirização de serviços de saúde pública e consequente privatização do Pronto24 Horas, proposta pela administração municipal de Caxias do Sul. Para o parlamentar, a decisão do governo municipal é equivocada e resultará na precarização em vários níveis da prestação do serviço.
Pepe que, em 1997, inaugurou o Centro à Vida – espaço que reuniu Central de Exames, Hemocentro e Pronto Atendimento 24h, que até então funcionava em um espaço pequeno na Rua Plácido de Castro –, argumentou que a proposta da administração vai contra o princípio do Sistema Único de Saúde (SUS), que foi concebido para ser público e, portanto, gerido pelo poder público.
“O atendimento em saúde precisa ser prestado por servidores para que se tenham equipes multidisciplinares, que criam vínculos com os usuários, uma responsabilização e consequentemente uma resolutividade no tratamento maio”, afirmou o deputado.
Pepe também defendeu o fortalecimento da atenção básica nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), coisa que não tem realizado pela atual administração nem pelas últimas, mas advertiu que isso não pode ser feito através da terceirização e entrega da saúde à iniciativa privada. “Com a terceirização, o poder público perde a gestão do serviço que passa para uma entidade de natureza jurídica privada que, obviamente, precisa gerir com os recursos repassados pelo município. Os reflexos são o arrocho de salários e a incapacidade de comprar os insumos necessários, o que leva à queda de qualidade no atendimento. Outro reflexo é a alta rotatividade de profissionais, o que impede que se forme uma equipe multidisciplinar”, argumentou o deputado que é médico por formação.
Artur Hugen, com AI, Claiton Stumpf/Fotos: Claudio Stumpf
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19 de Novembro, 2024 às 23:56