A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) assinará um acordo de cooperação técnica com o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) com apoio da Frente Parlamentar de Defesa da Valorização da Produção Nacional da Uva, Vinho, Espumante e Derivados do Congresso Nacional para a definição de um cronograma de atividades para o fortalecimento do segmento de Enoturismo e potencializar a divulgação das regiões produtoras de vinho como destinos turísticos aptos a receberem visitantes nacionais e internacionais.
O presidente da Embratur, Vinicius Lummertz recebeu nesta semana, parlamentares para discutir os desafios e definir práticas para o desenvolvimento do turismo nas vinícolas do país. Participaram da audiência na sede da autarquia, em Brasília, os deputados federais Afonso Hamm, presidente da Frente Parlamentar e Herculano Passos, coordenador de Enoturismo da frente.
De acordo com Lummertz, é preciso criar uma marca para o vinho brasileiro no exterior e, com isso, trabalhar estratégias de divulgação do potencial desses produtos turísticos para os principais mercados, como Londres, capital da Inglaterra, que produz pouco a bebida e tradicionalmente é aberta a multiculturas.
“O grupo de trabalho pode gerar ações concretas como a realização de workshops entre produtores e operadoras de turismo que comercializam rotas turísticas de vinhos, além da criação de um hotsite e publicações sobre o segmento que tem um potencial em ascensão no país”, defende.
O Brasil é o 21º produtor de vinho do mundo, com cerca de 1.100 vinícolas que produzem 32 milhões de litros da bebida por ano. O Rio Grande do Sul, mais precisamente a Serra Gaúcha, responde por 82% da produção de vinho nacional. Entretanto, outros estados também se destacam como Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Espírito Santo.
O presidente da Frente Parlamentar, deputado Afonso Hamm destaca a necessidade de trabalhar esse nicho por meio da Produção Associada ao Turismo (ação que visa promover uma melhoria em atividades, no âmbito do turismo, que as comunidades já executam). “Temos potencial relevante a desenvolver neste segmento e as regiões produtoras de vinhos podem gerar resultados para o turismo e para economia nacional, com a atração de turistas internacionais”, explicou.
Segundo o deputado Herculano Passos, que é presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo, países como França, Itália e Portugal recebem milhares de turistas que apreciam vinhos e buscam roteiros específicos para isso. O parlamentar lembra que os vinhos brasileiros têm sido cada vez mais reconhecidos, inclusive com premiações internacionais e destaca a necessidade da parceria institucional com a autarquia.
“No Brasil, também temos esses roteiros de enoturismo, mas precisamos que o mundo saiba disso e venha conhecer mais essa possibilidade de turismo brasileiro. E ninguém melhor do que a Embratur para nos ajudar nessa promoção, uma vez que essa é sua especialidade”, pondera.
Participaram também da audiência o chefe de gabinete da Embratur, Marcelo Lima Costa, o assessor de gestão estratégica da Embratur, Rafael Felismino e Rosano Garbin, secretário-executivo da Frente Parlamentar de Defesa da Valorização da Produção Nacional da Uva, Vinho, Espumante e Derivados.
Embratur 51 anos: cada vez mais moderna
A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) acaba de completar 51 anos e, para celebrar a data, preparou, nesta semana, uma programação focada na evolução digital, voltada aos servidores, colaboradores e parceiros.
“As ferramentas digitais da Embratur integram as estratégias de alinhamento de ações do Instituto que projetam alcançar o desempenho de países concorrentes do Brasil que têm investido fortemente na promoção turística internacional, a exemplo da Argentina, Colômbia e México”, afirmou o presidente do Instituto, Vinicius Lummertz.
Existe, segundo Lummertz, uma verdadeira corrida mundial para disputar a preferência do turista internacional. “E para entrarmos, de fato, nesta disputada, precisamos estar preparados, atualizando nossas ferramentas e buscando mais recursos.”
De acordo com Lummertz, a Embratur está, atualmente, presa dentro de uma cláusula orçamentária. “Muitas mudanças estruturais estão sendo implementadas no Brasil e a Embratur acompanha esse movimento. Um novo ambiente será gerado e fará com que possamos ter um momento de grande alavancagem no setor, em especial, a transformação da Embratur em
É preciso, segundo ele, que a Embratur se transforme em um serviço social autônomo para conversar tanto com o setor público quanto com o setor privado. “Como autarquia, estamos engessados, mas como agência, podemos ter mais flexibilidade nas questões que envolvem, por exemplo, contratações de pessoal no exterior. Em um mercado competitivo como o turismo hoje, é preciso um modelo no qual não estejamos dependentes de uma única fonte de recursos.”
Para o presidente da Embratur, este é o momento de aproveitar a onda positiva que veio com a maré do sucesso dos grandes eventos sediados pelo País nos últimos dez anos, que colocaram de vez o Brasil no imaginário do turista internacional. “Vamos cuidar, salvar e honrar a Embratur e o nosso País”, disse Lummertz, lembrando que espera a chegada dos 52 anos de uma Embratur mais ágil, flexível e no mesmo nível de enfrentamento com a concorrência internacional.
Óculos de realidade virtual
Durante a programação dos 51 anos da Embratur, ocorreu um workshop sobre a nova rede social corporativa VisitBrasil Connect e os presentes puderam participar de experiências virtuais durante o evento, a exemplo dos óculos digitais desenvolvidos pela Embratur.
“Os óculos são uma nova ferramenta de realidade virtual de interação, que têm feito muito sucesso nas feiras internacionais. Com eles, os turistas estrangeiros têm a oportunidade de vivenciar uma experiência de realidade aumentada, em que são provocadas sensações de como se estivesse em um voo de asa delta no Rio de Janeiro, por exemplo”, explicou Vinicius Lummertz.
Artur Hugen, com Ascom/Embratur/Fotos: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56