(Brasília-DF, 15/09/2015) A bancada federal do Paraná recebeu, nesta terça-feira ,15, em Brasília, representantes das empresas CCR Rodonorte e Caminhos do Paraná, além da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias do Paraná. Foi o segundo encontro entre parlamentares e empresas interessadas na prorrogação dos contratos de concessão de 24 anos, que vencem em 2021.
A CCR Rodonorte está na 17ª posição entre as empresas com capital aberto na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), com capital estimado em R$25 bilhões. A empresa é responsável por 497 km de rodovias pedagiadas no Paraná. O trecho principal passa por 18 cidades entre Curitiba e Apucarana. O diretor-presidente da companhia, José Alberto Moite, apresentou os próximos projetos voltados para o estado, entre eles melhorias no trecho entre Campo Largo e Curitiba, um novo contorno de Califórnia, novo acesso à cidade de Castro e de Piraí do Sul. Foram exemplos para defender o pedido de prorrogação do contrato de concessão, com a promessa de melhoria no preço da tarifa. “Com prazo, nem precisa ser 30 anos (os 6 que ainda faltam e os 24 do possível novo contrato), a gente consegue dar um desconto na tarifa e fazer investimentos”, garantiu Moite.
Caminhos do Paraná
A concessionária Caminhos do Paraná S/A seguiu a mesma linha de argumentação. Mas no caso da empresa que atua em 405km de estradas paranaenses, o chamado lote 04 do Anel de Integração, na região centro-sul e região metropolitana de Curitiba, a situação é diferente por ter uma taxa de Vdn (veículos diários médios) considerada baixa, apenas 8553. De acordo com o diretor presidente da empresa, José Julião Terbai Junior, isso afeta a arrecadação e consequentemente o investimento no local “ É um lote muito difícil”, argumentou. As duplicações neste caso estão suspensas até 2017, por um acordo com o governo.
Assim como na primeira reunião entre concessionárias e parlamentares (26 de agosto), mais uma vez os deputados pediram a garantia de que os contratos em vigor serão cumpridos e as tarifas sofrerão descontos caso haja a extensão dos compromissos. “A renovação do contrato depende de cada concessionário, depende muito da proposta dos senhores. Pode ser que uma renove e outro talvez não. Nós estamos aqui pra defender o povo do Paraná. Se ficar bom pro povo paranaense nós incentivamos, se não, também somos contra a renovação”, disse o deputado federal Luiz Nishimori (PR-PR).
Voz do Coordenador
O coordenador da bancada paranaense, deputado João Arruda (PMDB-PR), argumentou que é preciso uma tomada de posição oficial por parte do governador do Paraná, Beto Richa. Até agora somente as entidades favoráveis à renovação e as concessionárias vieram a público propor a mudança. “Eu acho que ele (Beto Richa) quer a prorrogação, ele dá todos os sinais pra isso, afinal ele recebeu as entidades que querem essa prorrogação mas tem receio de se posicionar porque é uma medida que pode causar rejeição popular e desgaste com a opinião pública”, argumentou Arruda.
Na próxima terça feira ,22, a bancada volta a se reunir para debater o tema. Vão ser convidados para o encontro em Brasília o governador Beto Richa, o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Pepe Richa, o secretário de Gestão dos Programas de Transportes do Ministério dos transportes, Luciano Castro e um representante do Tribunal de Contas da União (TCU).
Também participaram do encontro desta terça-feira os deputados federais Dilceu Sperafico (PP), Nelson Meurer (PP), Alfredo Kaefer (PSDB), Toninho Wandscheer (PT), Christiane Yared (PTN), Evandro Rogério Roman (PSD), Leandre (PV), Marcelo Belinati (PP), Alex Canziani (PTB), Assis do Couto (PT), Leopoldo Meyer (PSB) e Diego Garcia (PHS).
( da redação com edição de Genésio Araújo Jr)
19 de Novembro, 2024 às 23:56