Proposta que torna obrigatória a transmissão, em tempo real, de todas as sessões colegiadas dos órgãos públicos dos três Poderes e também do Ministério Público foi aprovada nesta semana pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). A matéria segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde será votada em caráter terminativo.
O Projeto de Lei do Senado (PLS 239/2017), do senador Alvaro Dias (Podemos-PR), determina que o conteúdo da transmissão deve estar disponível para o acesso dos internautas pelo prazo mínimo de cinco anos após sua realização. E que os processos sigilosos serão protegidos pela abreviação dos nomes das partes.
O projeto estabelece prazos para o cumprimento integral da regra: seis meses para órgãos públicos federais, doze meses para os estaduais e dezoito meses para os municipais.
Para o relator da proposta, senador Paulo Rocha (PT-PA), diante do avanço tecnológico dos meios de comunicação, é imperioso o uso da internet para a divulgação de informações em atenção ao princípio constitucional da publicidade. Rocha ressalta que vários órgãos do poder público federal já adotam essa prática, como o Senado Federal, a Câmara dos Deputados e o Supremo Tribunal Federal. Também a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) transmite, ao vivo, as sessões de seus conselhos diretor e consultivo.
O relator apresentou apenas uma emenda de redação ao texto para deixar mais clara a determinação de que o conteúdo das transmissões das sessões colegiadas deverá estar disponível, pelo prazo mínimo de cinco anos, nos sítios dos respectivos órgãos públicos na internet.
Artur Hugen, com Cristiane Sales/Agência Senado/Fotos: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56