A economia de Santa Catarina cresceu 3,14% de janeiro a setembro de 2017 em comparação com o mesmo período de 2016. Os dados fazem parte do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR-SC), calculados pelo Banco Central e que ajudam a compor o PIB do ano.
O crescimento do Estado ficou bem acima da média nacional, que completou os nove primeiros meses do ano com aumento de 0,43%.
Só no mês de setembro, a evolução de Santa Catarina foi de 3,49% enquanto o avanço no país foi de 1,3% se comparado ao mesmo mês do ano anterior.
Com base nos indicadores da atividade econômica de SC que embasaram essa estimativa do PIB estadual, se observou um crescimento de 1,75% nos últimos 12 meses até setembro. O BC estimou para o Estado, nesse mesmo período, um crescimento de 1,68. A economia brasileira, segundo os dados do PIB trimestral do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), retraiu 0,2% no mesmo período.
O crescimento catarinense foi puxado principalmente pelos setores de metalurgia com aumento da produção de 23,7%, de alimentos (6,4%), vestuário (7,6%). O avanço também foi sentido nas exportações, com aumento de 14,5%. Entre os produtos mais enviados ao exterior estão carne, soja e motores elétricos.
De acordo com o assessor econômico da Diretoria de Orçamento da Secretaria de Estado da Fazenda, o economista Paulo Zoldan, um dos fatores está no menor nível de desemprego do país, no extraordinário aumento da produção agrícola, das exportações e no menor endividamento. “Temos a menor taxa de desemprego do país associado ao fato de termos um dos maiores crescimento de novos postos de trabalho.
O rendimento médio do trabalhador catarinense também é maior que o do nacional. Outro fator foi o excelente desempenho da agricultura que dinamizou a economia de uma grande parcela dos municípios catarinenses, que tem no agronegócio sua principal atividade econômica. Isso gerou um efeito positivo em toda a cadeia produtiva desde a produção de insumos, a industrialização de alimentos, transportes, serviços, exportações e importações entre outros.
Também os catarinenses estão menos endividados e com menos dívidas em atraso que a média das famílias brasileiras. Tudo isso, gerou um efeito positivo também no comércio, que foi o que mais cresceu no pais”.
Artur Hugen, com Secom/GSC/Foto: Jaqueline Nocetti/Secom
19 de Novembro, 2024 às 23:56