Jerônimo Goergen (Progressistas-RS) defendeu, que parte dos recursos envolvendo a negociação de ações do Banrisul seja investida em rodovias

O deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS) defendeu, na última sexta-feira (1), que parte dos recursos envolvendo a negociação de ações do Banrisul seja investida em rodovias. Segundo o parlamentar, o ideal seria que o Estado não se desfizesse do patrimônio público da forma como está se desfazendo. Inclusive, solicitou ao presidente do Progressistas-RS, Celso Bernardi, que o partido se posicione claramente sobre a venda do Banco e criticou a oposição por não permitir o Estado vender estruturas deficitárias da máquina pública e, sim, permitir que se venda a "joia da Coroa".

Mas já que o governo resolveu vender parte do Banrisul e esta decisão é do Executivo, que deve arcar com as consequências, não se pode permitir que em poucos meses se gaste no custeio o que hoje é patrimônio lucrativo dos gaúchos. "Obviamente que a prioridade do governo é pagar os salários dos servidores e honrar os compromissos com os fornecedores. No entanto, seria fundamental pelo menos reservar uma parcela para investir em algo estrutural, como no asfaltamento das vias de acesso aos municípios”, ressaltou.

Na última quarta-feira (29), o presidente da República, Michel Temer, assinou decreto que autoriza a operação de venda de parte das ações do Banrisul para investidores estrangeiros. O governo do Rio Grande do Sul aposta na alienação de até 49% das ações da instituição financeira para conseguir melhorar sua condição financeira. “Eu insisto na tese de que esse dinheiro vai entrar apenas uma vez. Não é uma receita permanente. Portanto, precisamos aproveitar uma parcela desse aporte para levarmos melhorias a todos os gaúchos”, enfatizou.

Jerônimo encaminhou ofício ao Departamento Autônomo de Estradas de Rodagens (DAER) sugerindo a priorização do asfaltamento daqueles municípios que não têm acesso asfáltico. Ao todo, foram encaminhados pedidos de informação sobre 38 municípios que se encontram nessa situação.

Artur Hugen, com AI. Apolos Paz/Gabinete/Foto: Divulgação