(Brasília-DF, 15/09/2015) O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), disse nesta terça feira ,15, em Brasília, que é contra a volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). A declaração foi dada um dia depois de ter participado de um jantar com a presidente Dilma Rousseff e outros 18 governadores de partidos aliados. No encontro, a presidente pediu apoio para aprovar no Congresso Nacional o corte de gastos no orçamento de 2016 no valor de R$ 26 Bilhões além da volta do imposto, com alíquota de 0,2%.
Trajetória
Colombo lembrou sua trajetória como prefeito de Lages, parlamentar e governador sempre avessa ao aumento de impostos.
“Eu sempre tive um posicionamento contrário. Quando eu fui senador eu combati a CPMF, eu acho que tem que reduzir a questão tributária brasileira. Eu estou disposto a ajudar o governo em tudo que eu puder, fazer meu dever de casa lá em Santa Catarina, reduzindo custos, procurando aumentar a eficiência de governo, controlando os gastos, mas eu não me movimento a favor de impostos”, explicou Colombo.
Bancadas
As medidas do governo federal também repercutiram entre os parlamentares do Sul do país. O senador Paulo Bauer (PSDB-SC) é contra a volta do imposto e lamentou que o Congresso tenha que aprovar cortes no orçamento. Para ele, é preciso apresentar ações de estímulo à economia.
“O governo poderia fazer isso, promovendo exportações, diminuindo carga tributária, diminuindo carga previdenciária, mas o governo não enxerga isso, quer apenas aumentar a arrecadação pra continuar fazendo a sua politica assistencialista eleitoral, lamentavelmente”, disse o tucano.
O deputado federal Edinho Bez (PMDB-SC) afirmou que a volta da CPMF é um assunto antipático.
“Vamos avaliar os cortes, avaliar o tamanho do que o estado precisa pra manter esse país funcionando porque se colocar hoje aqui (a votação da CPMF) não passa”, disse. Já o Paranaense Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) acredita que uma reforma tributária é questão emergencial para o futuro do país: “Nós não queremos a volta desse imposto. Nós queremos uma reforma. Remendo novo em calça velha só esgarça”.
Coordenador da bancada gaúcha, Giovani Cherini (PDT-RS) usou a tribuna da Câmara para criticar os erros na economia brasileira.
“Chegamos ao fim de um ciclo de um Estado ineficiente que quis ser pai de todos e não conseguiu ser pai de ninguém”, argumentou.
( da redação com edição de Genésio Araújo Jr)
19 de Novembro, 2024 às 23:56