Aguardado há 20 anos, o Viaduto da Ritter, no limite entre Cachoeirinha e Gravataí, foi aberto ao tráfego pelo governo do Estado nesta semana. Construído sobre a RS-118 e dando acesso direto à Avenida Frederico Ritter, o elevado beneficia mais de 35 mil motoristas por dia que trafegam pela estrada.
A inauguração teve a presença do secretário dos Transportes, Pedro Westphalen. "Cachoeirinha é integrada a esta região, mas ficava completamente isolada, para ir a Gravataí tinha que ir pela BR-116. Se fala em 20 quilômetros, mas na verdade estão sendo feitas quatro pistas, uma duplicação de 150 km de asfalto", destacou.
A estrutura, construída pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), faz parte da duplicação da ERS-118, considerada a mais importante obra rodoviária do governo do Estado. A partir de agora, quem trafegar pela Avenida Frederico Ritter pode seguir direto à BR-116 (Esteio/Sapucaia do Sul) ou para a BR-290 (Freeway). O motorista também poderá retornar nos dois sentidos na própria 118, também conhecida como rodovia Mário Quintana.
Para o prefeito de Cachoeirinha, Miki Breier, a obra é de grande relevância para o polo logístico e empresarial da região, antes afetado pelas condições ruins de tráfego. "Agora estamos vendo bons trechos. De fato, é uma obra que demandou muitos recursos e determinação do governador e secretário", afirmou.
O viaduto, que fica no km 9,9 e tem 72 metros de extensão, organiza o trecho urbano para os 375 mil moradores de Gravataí e Cachoeirinha. Foram investidos quase R$ 7.140.000,00 na construção do elevado e dos acessos, incluindo serviços de terraplenagem, pavimentação e sinalização. As empresas responsáveis foram a EPT - Engenharia e Pesquisa Tecnológica e a Sultepa. Além disso, foram mais R$ 5.244.292,23 em desapropriações de áreas do entorno e reintegrações de ocupações indevidas.
"Ela é uma estrada fundamental para a região da Grande Porto Alegre, com a presença do Estado junto à comunidade, resolvendo problemas de mobilidade de quem vive aqui", explicou o coordenador das obras da ERS-118, Vicente de Britto Pereira, da Secretaria de Transportes. "Esta rodovia tem inovações tecnológicas que não existem no RS e no resto do Brasil. Utilizamos várias ferramentas modernas como uma fragmentadora, montagem de muros de contenção no viaduto Itacolomi e dimensionamento da pavimentação do trecho 0 km ao 5 km", acrescentou.
Importância econômica
A duplicação da rodovia é fundamental para o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul e mobilidade da Região Metropolitana. Conforme Westphalen, se todos os impasses burocráticos forem sanados, a duplicação será concluída em 2018. "Essa obra é prioridade para o governador Sartori desde o início do governo, quando determinou que fosse concluída com qualidade e excelência, como este viaduto entregue hoje à comunidade", concluiu. Desde 2015, o Estado investiu investiu R$ 42.898.321,22 nos 22,4 quilômetros da 118.
Duplicação
Ao todo, são 22,4 quilômetros da ERS-118 em obras ou em processo de licitação. O trecho vai do entroncamento da BR-116, em Sapucaia do Sul, até o encontro com a Freeway (BR-290), em Gravataí.
Em alguns trechos, está sendo usada uma tecnologia inédita no Brasil: a máquina fragmentadora ressonante de concreto, que recupera o lote 2 (do km 5 ao 11). O equipamento trazido dos Estados Unidos gera economia para o Estado, fragmentando blocos de concreto e reconstruindo o trecho. O viaduto Itacolomi deve estar concluído em janeiro de 2018.
Cronograma
As obras foram divididas em três lotes:
Lote 3 - Está em processo de licitação. O objetivo é a contratação de uma empresa para executar a duplicação da rodovia que abrange os quilômetros zero ao cinco.
Lote 2 - (Quilômetros 5 ao 11): mais de 80% do cronograma já foi cumprido.
Lote 1 - (Quilômetros 11 ao 22): o trecho está em obras.
Artur Hugen, com Secom/GRS/Fotos: Daniela Barcellos/Palácio Piratini
19 de Novembro, 2024 às 23:56