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BRDE lidera ranking de financiamentos com recursos do BNDES no Sul

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Presidente do BRDE Orlando Pessuti(ao centro) e apoiados em 36 projetos via leis de incentivos a Cultura

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE chega ao final de 2017 mantendo a condição de primeiro do ranking das 41 instituições credenciadas do BNDES para operações de crédito através de seus recursos na Região Sul.

As informações do BNDES demonstram que o BRDE desembolsou, até o mês de novembro, mais de R$ 2 bilhões, em 4.840 operações de crédito para empreendedores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O segundo colocado desembolsou R$ 1,5 bilhão.

Os dados do ranking no Sul destacam o Bradesco na operação com o produto CARTÃO-BNDES, o Santander e o Itaú em operações de capital de giro e o Sicredi em financiamentos para pessoas físicas.

Já a liderança do BRDE se ressalta, como aponta o presidente Orlando Pessuti, “pelo volume da atuação creditícia do Banco em financiamentos a projetos de investimento”. Estes projetos “têm um aspecto especialmente importante para a recuperação de economia do Sul e do país por gerar emprego, renda e tributos”, completa Pessuti.

Para o diretor Financeiro, Odacir Klein, “o BRDE tem atuado para manter, mesmo no prolongado período de retração econômica, o crédito necessário ao fomento da atividade produtiva de grandes e pequenos empreendedores, em todos os setores”.

Quando se trata do ranking das 53 instituições que operaram recursos do BNDES considerando o Brasil todo, de janeiro a novembro de 2017, o BRDE ocupa a sexta posição, embora atue em apenas três estados.

BRDE Apoia 36 projetos via leis de incentivos culturais em 2017

 

Como parte de sua política de Responsabilidade Socioambiental, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) apoiou em 2017 no Paraná 36 projetos via leis de incentivos fiscais, no valor de R$ 1,2 milhão. Nesta última semana do ano, o diretor-presidente Orlando Pessuti recebeu, em Curitiba, entidades e instituições contempladas com os recursos.

“A presença de vocês hoje, nesse momento de celebração da fé cristã, valoriza o BRDE como instituição indutora do desenvolvimento, da geração de emprego e renda e também da promoção da cultura, do esporte, da saúde e da qualidade de vida das pessoas. Valoriza, porque as ações de vocês estão construindo um mundo melhor”, afirmou Pessuti.

Os contemplados foram parabenizados pela aprovação dos projetos e receberam cartas com os valores repassados. A superintendente da Agência Paraná do BRDE, Juliana Dallastra, abriu o evento falando dos esforços que o Banco faz todos os anos para continuar contribuindo com a inclusão social e um maior acesso das pessoas à saúde, esporte e cultura.

A gestora de Ações Estratégicas e Projetos do Hospital do Câncer de Londrina, Mara Rossival Fernandes, fez um depoimento emocionado, lembrando que há nove anos a instituição passava por sérias dificuldades financeiras e buscou ajuda no BRDE.

“O BRDE entrou na nossa vida e não mediu esforços para nos atender. Hoje, o empréstimo está pago e o hospital passou de uma área de atendimento de 6 mil metros quadrados para 22 mil metros quadrados”, comemorou a gestora.

Pelas leis de incentivos fiscais, o Banco apoiou neste ano projetos em todo Paraná por meio da Lei de Incentivo à Cultura e ao Audiovisual (Lei Rouanet), Lei de Incentivo ao Esporte, os fundos para Infância e Adolescência (FIA) e Municipal do Idoso e o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON).

Contemplados

Entre os projetos aprovados estão o Esperança Solidária, da Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia e o projeto Qualificar – Ampliação e Garantida de Qualidade de Vida para Crianças e Adolescentes com Deficiências Múltiplas, do Pequeno Cotolengo do Paraná, ambos apoiados via Fundo da Infância e Adolescência.

Pela Lei Rouanet, foram selecionados, entre outros, os projetos do Instituto Cultural de Danças e Artes Folclóricas, da Associação de Bailarinos e Apoiadores do Balé Teatro Guaíra, do Circo Zanchettini, da Coperarte – Sudoeste, da Harmonia Associação Cultural e Assistencial e da empresa Laz Audiovisual.

Pela Lei de Incentivo ao Esporte, foram contemplados os projetos Futsal na Escola, de Cascavel; Handebol de Ponta, de Ponta Grossa; Handebol Toledano, de Toledo; Jogando Pela Vida, de Francisco Beltrão, e o Programa de Fomento e Inclusão Social no Rugby em Cadeiras de Rodas, de Curitiba.

Pelo PRONON, foram aprovados os projetos dos Hospitais do Câncer de Londrina e Cascavel, da Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e da Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Koutoulas-Ribeiro (Hospital São Vicente), ambos em Curitiba. Pelo Fundo do Idoso, foi contemplado outro projeto apresentado pelo Hospital de Clínicas.

Taxa de Longo Prazo (TLP) vai substituir a TJLP a partir de 1º de janeiro

As taxas de juros usadas nos empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão mudar a partir de 1º de janeiro de 2018. De acordo com lei publicada em setembro deste ano, a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) será substituída pela Taxa de Longo Prazo (TLP).

A TLP será definida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais a taxa de juro real da NTN-B de cinco anos (média trimestral). A aplicação da taxa de juro real da NTN-B será gradativa, em cinco anos, de forma a reduzir o impacto da mudança. Então, em 2 de janeiro de 2018, a primeira TLP será igual à TJLP vigente na mesma data. Um redutor será aplicado na taxa de juro real da NTN-B de cinco anos. Este redutor será válido por um ano e irá subindo progressivamente até 2023.

Enquanto a TJLP era definida pelo Conselho Monetário Nacional a cada três meses, com base na meta de inflação para o ano mais prêmio de risco, a TLP utilizada pelo BNDES será divulgada pelo Banco Central mensalmente. A TJLP será mantida até o final da vigência dos contratos que estão em fase de desembolso e amortização, além das operações enquadradas ou aprovadas pela diretoria do BNDES até 31 de dezembro de 2017.

Com a mudança, a taxa antes subsidiada se iguala às pagas pelo Tesouro na tomada de empréstimos junto ao mercado. Ou seja, a nova taxa é definida sem interferências de ordem subjetiva que poderiam acontecer na TJLP. Os juros antes cobrados com base em dias corridos (365 ou 366) passam a ser cobrados com base em dias úteis (252 dias) e o que excede 6% a.a não será capitalizado, o que ocorria com a TJLP.

Regras na prática

Em operações do BRDE, até hoje os juros incidentes no financiamento são resultado da soma de 3 parcelas: TJLP + spread do BNDES + spread do BRDE. A partir da TLP, serão o produto de 4 parcelas: IPCA x parcela fixa da TLP x spread do BNDES x spread do BRDE.

Na forma de cálculo das parcelas, que vencem sempre dia 15, outra regra prática importante é em relação à taxa mensal do IPCA utilizada em cada parcela. Será assim: para o período de juros entre os dias 15 e 31 de cada parcela a vencer, será utilizado o IPCA de dois meses anteriores ao vencimento. Entre os dias 1 e 14, o IPCA de um mês atrás, sempre pro rata.

Porque a TLP é necessária

O crédito do Sistema Financeiro para recursos livres chegou a R$ 1.431,9 bilhão no mês de setembro de 2017, com juros médios de 23,2% a.a. e prazo de 24,1 meses para pagamento. Já o crédito com recursos do BNDES, no mesmo mês, chegou a R$ 504,3 bilhões, com juros de 18,6% a.a. para operações de capital de giro (46,6 meses).

Os bancos que trabalham com recursos livres emprestam num prazo menor e cobram mais caro, enquanto o BNDES promove um prazo maior cobrando menos, com base no custo menor proporcionado pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O objetivo, na prática, é a aproximação das duas taxas.

Complementando a informação sobre o custo e prazo de operações com recursos BNDES, segundo dados do Banco Central, para investimentos em geral a taxa de juros média é de 10,9% a.a. com prazo de 129,9 meses. Para investimentos no agronegócio, a taxa de juros média é de 8,4% a.a., com prazo médio de 70,6 meses.

Projeções com as mudanças

Segundo Paulo Cesar Starke Junior, chefe de gabinete da diretoria do BRDE, considerando a inflação projetada de 3,96% a.a. para 2018, segundo relatório FOCUS-BACEN de dezembro, e analisando, no início de dezembro, o comportamento dos juros reais da NTN-B, pode-se projetar a TLP próxima de 8% em até 3 anos.

“Considerando a gradativa elevação da TLP, confirmando-se a expectativa de retomada do crescimento da economia, necessariamente os spreads bancários, inclusive do BNDES, serão reduzidos”, diz Starke.

Para saber mais sobre a nova taxa de juros, a TLP, procure a equipe de atendimento da Agência Paraná do BRDE pelo telefone (41) 3219-8150 ou entre em contato por e-mail: brdepr@brde.com.br.

Artur Hugen, com Afonso Licks/Ascom/BRDE/Foto: Divulgação