A produção de maçã da safra 2017/18, com colheita a partir deste mês, pode ser menor que a anterior. Agentes do setor, que realizaram análise do campo, esperam volume de 20% a 30% inferior, principalmente após geadas e granizos registrados nas regiões produtoras durante o período de frutificação.
Outro fator que pode limitar a produtividade é a presença de pedúnculos mais curtos em função do frio ameno – o pedúnculo curto pode não proporcionar boa fixação, causando quedas das maçãs das árvores e gerando frutas com calibres menores. Além disso, devido à alternância de produção da fuji, o volume também deve se reduzir.
De certa forma, a produção expressiva em 2016/17, sobretudo em São Joaquim (SC), causou problemas com armazenamento (o volume colhido ultrapassou a capacidade das câmaras), atrasando a colheita. Esse cenário reduziu o período de dormência das árvores, fazendo com que a recuperação de nutrientes fosse menos intensa para a nova safra.
Além disso, o atraso se estendeu para a brotação e a florada plena em todas as regiões, devido à baixa incidência de chuvas no período. As horas de frio registradas nas regiões produtoras também foram insuficientes para uma brotação uniforme, com exceção de algumas cidades serranas.
De acordo com Rogério Pereira, Presidente da Associação dos Produtores de Maçã e Pêra de Santa Catarina – AMAP, a demasiada safra do ano passado frustou muitos produtores que tiveram um grande aumento de frutos e trabalho e sofreram com uma drástica redução do valor da maçã, além disso, a safra para 2018 apresentou uma grande alternância nos pomares fazendo com que as macieiras produzissem menos frutos, porém a qualidade se manteve e seja, talvez, superior a de muitos anos. O que se espera agora é uma melhora significativa dos preços da maçã devido a essa redução da safra e excelente qualidade da fruta. Informou o Presidente da AMAP Rogério Pereira.
Artur Hugen, com São Joaquim Online e informações do HF Brasil/Fotos: São Joaquim Online
19 de Novembro, 2024 às 23:56