O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) divulgou nesta sexta-feira (26) o sexto boletim de balneabilidade da temporada. De acordo com a nova análise, a grande maioria dos locais monitorados permanece própria para banho. O Instituto monitora a qualidade da água em locais onde há maior fluxo de pessoas durante o verão, no Litoral e Costa Oeste e Norte do Paraná.
Amostras de água são coletadas do mar e dos rios nos dias e locais que registram maior fluxo de banhistas, onde há maior possibilidade de contaminação. Esse trabalho possibilita avaliação de concentração de bactérias Escherichia coli (E.coli) na água, que permite a verificação de contaminação por esgoto sanitário clandestino e a possibilidade de uso da água para atividades de lazer de contato primário, como natação, mergulho e esqui aquático.
De acordo com a nova análise, os locais não recomendados para banho alteraram no Litoral e no Interior do Estado. Ao todo, foram registrados três locais impróprios para a atividade, além dos outros 10 que não são recomendados em nenhuma época do ano.
Litoral
O novo boletim mostra que o rio Nhundiquara continua não sendo recomendado para banho, mas dessa vez o local é na altura Porto de Cima e não mais no Largo Lamenha Lins, como na semana anterior. Além desse local, a Ponta da Pita, em Antonina, que já vinha apresentando concentração de bactérias em níveis superiores aos recomendados pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) continua impróprio para banho.
Ao todo, são monitorados 49 locais na região, sendo 13 pontos em Guaratuba, 14 em Matinhos, 11 em Pontal do Paraná, cinco na Ilha do Mel, três em Morretes e dois em Antonina.
Além dos locais monitorados semanalmente, os boletins do Litoral também trazem maior destaque para informações das condições de dez pontos considerados permanentemente impróprios para banho no Litoral - onde rios, canais e galerias pluviais desembocam no mar. Esses locais são acompanhados durante todo o ano e também na temporada, mas não entram na verificação semanal porque já se sabe que a água não corresponde aos padrões estabelecidos.
“São pontos que se apresentam permanentemente como impróprios para banho pois, devido a análises que fazemos de maneira esporádica durante todo o ano, sempre apresentam concentração de coliformes fecais acima do limite legal. Nesses pontos o banho não é indicado em nenhuma época do ano”, explica Ivonete Chaves.
Interior
O monitoramento feito na Costa Norte e Oeste do Estado mostra que o Rio Paranapanema, em Primeiro de Maio, se encontra impróprio para banho devido à proliferação natural de algas. Isso acontece devido às altas temperaturas que favorecem a proliferação da vegetação aquática no local.
A qualidade da água é avaliada em 17 pontos de praias artificiais e represas nas cidades de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Itaipulândia, Missal, Santa Helena, Entre Rios do Oeste, Marechal Cândido Rondon e em Primeiro de Maio.
Sinalização
Os veranistas podem se orientar de acordo com as bandeiras na orla das praias, nos rios e nos reservatórios, que indicam se os locais estão próprios ou impróprios para banho. A sinalização aponta a condição da água a 100 metros a direita e a esquerda de cada bandeira.
A cor vermelha aponta que a água não é recomendada e a azul que a região está própria para banho. A água imprópria pode ser prejudicial à saúde, trazendo dermatites, problemas gastrintestinais e outras doenças mais graves.
Divulgação
Os boletins serão divulgados semanalmente, sempre às sextas-feiras, com dados do monitoramento dos pontos do Litoral e do Interior do Estado. Os boletins ficarão disponíveis no site do IAP (www.iap.pr.gov.br) e do Verão Paraná (www.verao.pr.gov.br).
Artur Hugen, com AEN/GPR/ Foto: Arnaldo Alves / ANPr.
19 de Novembro, 2024 às 23:56