As primeiras espigas de milho da safra 2017/2018 no Rio Grande do Sul foram colhidas de forma simbólica pelo governador José Ivo Sartori, demais autoridades e agricultores, nesta sexta-feira (26).
A 7ª edição da abertura oficial da colheita estadual ocorreu na Fazenda Agropecuária Ouro Verde da família Beutinger, no interior do município de Giruá, no Noroeste do estado. Com 731 mil hectares de área plantada, a expectativa é de que sejam colhidas 5,2 milhões de toneladas de milho até março, de acordo com a Emater/RS.
A produtividade média deve ser de 7 mil quilos por hectare, embora lavouras com utilização de tecnologias mais avançadas e com irrigação ultrapassem os 12 mil quilos por hectare.
“É uma grande alegria participar, mais uma vez, da abertura oficial da colheita do milho. A colheita é sempre um momento de celebração porque é o encerramento e a recompensa pelo trabalho executado. Embora a safra deste ano tenha ficado um pouco abaixo do ano passado, não é motivo de desânimo. Ao contrário, dará ainda mais força para continuar lutando por um amanhã cada vez melhor”, ressaltou o governador durante a cerimônia.
Otimista com a estimativa de crescimento do PIB gaúcho em 2017, Sartori destacou que o Rio Grande do Sul é um dos melhores produtores de sementes do Brasil e deve produzir 33 milhões de toneladas de grãos nesta safra. “Da nossa parte, temos sido parceiros, levando políticas públicas e orientações aos produtores para fomentar o setor. Vamos continuar sempre junto com esse setor produtivo, que impulsiona a nossa economia”, reforçou.
Para o secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, a cultura do milho é de grande relevância para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. “Cumpre uma função muito importante no processo de melhoramento do solo. Nesta safra tivemos dificuldades em função do clima e do preço do milho. Mas, por determinação do governador Sartori, trabalhamos em políticas públicas que buscam gerar estímulo ao produtor, com os programas de irrigação e de conservação da água e do solo, afirmou Polo.
Conforme o coordenador da Câmara Setorial do Milho, o engenheiro agrônomo Valdomiro Haas, o milho produzido no Rio Grande do Sul é o principal insumo da produção animal, abastecendo as granjas de aves e suínos, além de também ser utilizado na alimentação humana.
Produção de milho no RS e no Brasil
Responsável por 6% da produção nacional, o estado oscila entre a sexta e a sétima colocações entre os maiores produtores do cereal no país. A Região Noroeste, com destaque para o Planalto e Missões, é a que mais se destaca na produção do grão para a venda comercial. O Brasil ocupa a terceira posição mundial, perdendo apenas para os Estados Unidos e a China.
Giruá
A cada ano uma cidade e uma propriedade são escolhidas para sediar a abertura oficial da colheita. O critério utilizado para a escolha é o uso das tecnologias. A produção de milho em Giruá em 2017 foi de 36.210 toneladas, 0,7% da produção gaúcha, em 4.330 hectares e uma produtividade de 7.500 quilos por hectare.
Fazenda Agropecuária Ouro Verde
A Agropecuária Ouro Verde, fundada pelos irmãos Nelson Edemar Beutinger e Germano Reinold Beutinger, tem 52 anos de existência. Atualmente, possui uma área cultivada de 2.400 hectares, dos quais 1.200 hectares de área própria e mais 1.200 de área arrendada. Dedica-se especialmente à produção de soja, trigo e milho, contando com a colaboração de 14 funcionários.
Também participaram da cerimônia o secretário dos Transportes, Pedro Westphalen; os deputados estaduais Aloísio Classman, Edson Brum, Eduardo Loureiro, Gabriel Souza e Zilá Breintebach; o deputado federal Luiz Carlos Heinze, além do prefeito de Giruá, Ruben Weimar; e os presidentes da Apromilho, Ricardo Meneghetti, e da Abramilho, Alysson Paolinelli.
8ª Festa da Uva de Pelotas acontece neste final de semana
Produtores rurais do município de Pelotas preparam-se para a 8ª Festa da Uva, que ocorre neste sábado (27), a partir das 13h, na Colônia Santa Helena, na propriedade do produtor Dirceu Kurz. O evento, que conta com programação cultural, degustações e demonstrações técnicas, é organizado pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Rural (SDR), em parceria com a Emater/RS-Ascar, Embrapa Clima Temperado, Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) e Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Em Pelotas, mais de 100 famílias têm na cultura da uva sua atividade econômica e a estimativa para a safra deste ano é de aproximadamente 650 toneladas, rendimento similar ao de 2017.
A novidade neste ano é que as atividades alusivas à safra da fruta começarão um dia antes, na manhã de sexta-feira (26), com a abertura da Feira da Uva. Como foi feito com as culturas do pêssego e do morango, os produtores comercializam a fruta em embalagens padronizadas de 2,5 quilos, de segunda a sexta-feira, na feira fixa do largo do Mercado Público e na feira itinerante nos bairros da cidade, com ônibus fornecido pela SDR, até 4 de fevereiro.
Conforme o extensionista rural do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Pelotas, Rodrigo Prestes, a expectativa para este ano é receber mais pessoas do que nos outros anos, porque o evento acontece em uma região próxima de municípios vizinhos, como Canguçu e Morro Redondo. “Além de destacar a cultura da uva, é também intenção do nosso trabalho com esse evento mostrar o potencial turístico da zona rural pelotense, despertando o interesse do pessoal da cidade pela região da colônia”, destacou Rodrigo.
Artur Hugen, com Secom/GRS/Fotos: Daniela Barcellos/Palacio Piratini/Emater/Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56