A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta semana, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 49/2017, que elege o município de São Joaquim, em Santa Catarina, como Capital Nacional da Maçã. A cidade catarinense é responsável por cerca de 20% das maçãs produzidas no país. A proposta segue para análise do Plenário do Senado.
Com 26 mil habitantes e localizada à cerca de 200 quilômetros de Florianópolis, São Joaquim foi apelidada de “Cidade da Neve” pelas baixas temperaturas no inverno, registrando ainda geadas em certos meses do ano.
De acordo com o relator do projeto, senador Dário Berger (PMDB-SC), o município seria atualmente o maior produtor de maçãs do Brasil. A produção da fruta, segundo o senador, movimenta na cidade mais de 50% da economia local e envolve desde pequenos produtores até grandes empresas.
A alta produção é possível pelas “boas condições climáticas e do solo próprio para obter umas das melhores maçãs do mundo”. No relatório, o senador elenca a altitude e o frio intenso da região como fatores contribuinte para produção de maçãs com formato, coloração e sabor apropriados.
Tradição
O cultivo das macieiras no município remota a uma tradição de mais de 50 anos. Desde 1952, ocorre na cidade, em outubro, a Festa Nacional da Maçã. O evento já teve nomes diferentes, quando a produção local da maçã ainda era artesanal, mas desde 1978 ganhou a denominação atual e o município passou a ser conhecido informalmente como a Capital Nacional da Maçã.
Pelo valor econômico e cultural que a produção da fruta traz a cidade, o senador Dário Berger afirmou ser “sem dúvida, justa, oportuna e meritória a iniciativa, de conferir oficialmente a São Joaquim o título que já lhe foi consagrado informalmente pelos brasileiros”
Artur Hugen, com Agência Senado/Foto/Agência Senado
19 de Novembro, 2024 às 23:56