Está marcada para quarta-feira (7), a partir das 9h, a audiência pública da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) com o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Ele deve prestar contas de sua gestão à frente da pasta, que assumiu no dia 12 de maio de 2016.
A audiência pública com o ministro foi anunciada pela presidente da CAS, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), na reunião realizada na última quarta-feira (28).
Marta adiantou que um dos temas a serem tratados será a crise de desabastecimento de medicamentos para portadores de doenças raras. O tema também é considerado prioritário pelo presidente da subcomissão que cuida do assunto, senador Waldemir Moka (PMDB-MS). Ele considera que o governo precisa ser mais assertivo no enfrentamento dessa crise.
O senador disse que tem se tornado comum, em diversos estados, casos de pacientes que morrem devido à falta de medicamentos. Ele defende uma ação coordenada entre diversos setores governamentais, para possibilitar a formação de estoques e a desburocratização nos processos de análise e aquisição desses remédios.
Outro tema que será tratado com o ministro será a diminuição da rede de atendimento do Programa Mais Médicos.
No último dia 21, a CAS aprovou relatório da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), apontando que em 2017 cerca de 8 milhões de brasileiros deixaram de contar com o atendimento de profissionais ligados ao programa. Isso porque caiu o número de cidades e de médicos atuantes.
- O Mais Médicos, que chegou a ter 18.240 profissionais, hoje tem menos de 16 mil. Antes atuava em 4.058 cidades, só que mais de 200 destes municípios estão sem atendimento atualmente - disse Lídice na ocasião.
No relatório, a senadora alerta para o fato de que a maior parte dos municípios que perderam o Mais Médicos estão entre os que têm os mais baixos índices de desenvolvimento humano (IDH) do país.
Artur Hugen, com Agência Senado/Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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19 de Novembro, 2024 às 23:56