Coordenador da Frente Parlamentar Mista José Alencar pelo Desenvolvimento da Indústria Têxtil e da Confecção, no Senado Federal, o senador Dalirio Beber (PSDB-SC), reiterou a responsabilidade do Congresso Nacional, com a aprovação das reformas estruturantes e da pauta macro e microeconômica, em encontro realizado pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção – Abit.
“Reitero neste encontro de trabalho, a defesa da pauta legislativa do setor, que, apesar da grave crise econômica, é um ainda um dos setores da economia brasileira que mais gera empregos, gerando um total de 1,5 milhão de empregos diretos no Brasil, com faturamento de R$ 144 bilhões, o que totaliza R$ 16 bilhões em arrecadação de impostos”, destacou.
Para o senador Dalirio, são números que, sem dúvida, animam o setor, diante de um cenário da economia que volta a dar sinais, ainda que tímidos de recuperação, mas que também podem e devem ser muito melhores, principalmente da recuperação das milhões de vagas de trabalho perdidas.
“Conhecemos bem o setor têxtil, sabemos da sua importância, em especial nós de Santa Catarina, do Vale do Itajaí, justamente por este alto nível de empregabilidade, sobretudo, na questão da mão-de-obra feminina, que corresponde à 75% do total de empregos gerados. Ou seja, além de ser uma forte vocação de trabalho no Brasil e ter uma vocação histórica no nosso estado, também demonstra o “empoderamento” da mulher neste importante setor da economia”, completou Dalirio.
O presidente da Abit, Fernando Pimentel, lembrou as dificuldades do segmento, como burocracia tributária, a taxa real de juros e o spread bancário. Também informou que a projeção para a importação de vestuário de países asiáticos em 2018 é calculada em 1,25 bilhão de peças, o que representa a perda de 240 mil postos de trabalho no Brasil. “Isso vai nos impor um grande desafio”, considerou.
O encontro foi uma oportunidade de ouvir todos, e principalmente a ABIT, com o objetivo principal de unir forças para que o setor têxtil responda ainda mais, e com maior celeridade, às graves consequências da crise econômica, a fim de consolidar a competitividade da indústria nacional.
“Para isso, temos o dever aqui, de fazer a lição de Casa, revendo a nossa carga tributária, a balança comercial, e aprovando a pauta macro e microeconômica, além das reformas urgentes para o desenvolvimento sustentável da economia brasileira. Neste sentido, no Senado Federal, aprovamos o Cadastro Positivo, projeto de minha autoria e relatoria do senador Armando Monteiro, que tem como objetivo, gerar crédito mais barato, acessível e de melhor qualidade para os brasileiros, o que impulsionará a economia brasileira”, concluiu o senador Dalirio.
O encontro com a Frente Parlamentar Mista para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecção, liderado pela Abit, aconteceu nesta quarta-feira, 7, na Câmara Federal, e contou com a presença do coordenador da Frente, na Câmara, deputado Vanderlei Macris, do Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Jorge de Lima, parlamentares, além de representantes do setor de todo país.
Ministério da Fazenda
No mesma quarta-feira, no fim da tarde, o senador Dalirio Beber, acompanhou o presidente da Abit, Fernando Pimentel, ao Ministério da Fazenda, onde foram recebidos pelo assessor especial do ministro Henrique Meirelles, Dr. Bruno Travassos e sua equipe técnica. O objetivo do encontro foi levar ao conhecimento da pasta, os principais entraves legais e burocráticos para o desenvolvimento e competitividade do setor têxtil.
O setor têxtil e de confecção do Brasil está entre os cinco maiores do planeta, empregando cerca de 1,5 milhão de pessoas, diretamente, distribuídas em todo o território nacional, com faturamento da ordem de R$ 144 bilhões, em 2017, dos quais em torno de R$ 3,3 bilhões em exportações. Some-se a isso os investimentos na faixa de US$ 2 bilhões (desembolsos do BNDES e importações de máquinas e equipamentos) por ano, nos últimos 5 anos.
A Abit estima que a indústria têxtil e de confecção pagou, somente em 2017, cerca de R$ 20 bilhões em salários e contribuiu para as Contas Federais com mais de R$ 16 bilhões, em tributos administrados pela União.
Artur Hugen, com AI/Gabinete/Fotos: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56