O Porto de Paranaguá começou o ano de 2018 com 57 programas ambientais realizados simultaneamente, número que deve chegar a 62 até o segundo semestre. As ações – que garantiram ao porto paranaense a primeira posição no Índice de Desempenho Ambiental da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) 2017 – foram apresentadas no início da semana, na 24ª Intermodal South América, em São Paulo.
“A avaliação da Antaq mostrou que, entre todos os portos públicos avaliados, o de Paranaguá é o que mais evoluiu, saltando da 26ª colocação no ranking nacional de portos para a liderança, em apenas três anos”, afirmou o diretor de Meio Ambiente da Appa, Bruno da Silveira Guimaraes. Ele acrescentou que o prêmio é um estímulo para a melhoria contínua da gestão ambiental nos portos brasileiros.
Bruno foi um dos palestrantes do painel “Porto de Paranaguá um Case de Sucesso em Sustentabilidade”, que também contou com a participação do engenheiro florestal e especialista em Análise Ambiental e Gestão Portuária, Pedro Luiz Fuentes Dias, da Companhia Ambiental, e pelo especialista em Análise Ambiental e Gestão Portuária, André Luis Tadeu Olivo Wolinski, da alBriggs Defesa Ambiental.
Segundo Guimaraes, a escalada de Paranaguá no ranking é fruto do comprometimento da gestão em cumprir as exigências ambientais. “A diretoria da Appa se comprometeu em implantar um processo de gestão ambiental integrada, no sentido de harmonizar e compatibilizar as atividades do Porto com o Meio Ambiente e com a cidade. Evoluímos de um porto que não tinha a licença de operação para, hoje, contarmos com todas as licenças necessárias, contar com quase 60 programas ambientais e ter cerca de 140 profissionais envolvidos nesta atividade”, explica Guimarães. Deste grupo, são cerca de 40 profissionais com dedicação exclusiva e em torno de 15 empresas envolvidas com a gestão de meio ambiente, segurança e saúde.
Ações
A Appa realiza diversas ações divididas em áreas de atuação. Entre elas, ações socioambientais que estabelecem um sistema permanente e ininterrupto de informações e ações educativas com a população, atingindo tanto o público interno de funcionários e trabalhadores portuários avulsos, como pescadores, alunos de escolas e residentes das comunidades do entorno.
Desde 2014 foram promovidos 14 seminários, com a participação de 116 pescadores. Além disso, no primeiro semestre de 2017, tais profissionais passaram também a ser entrevistados durante o monitoramento diário de desembarques pesqueiros quanto à percepção de alterações na pesca. Esta atividade já teve, apenas em um semestre, respostas de mais de 400 pescadores que servirão para avaliações conjuntas com os dados do monitoramento pesqueiro.
Nas ações de educação ambiental, a equipe da Appa atua na abordagem direta de conscientização por meio de palestras, diálogos de segurança, saúde e meio ambiente (DSMS), treinamentos, cursos e mutirões de informações. Tais ações já atingiram aproximadamente 17 mil pessoas, entre o segundo semestre de 2013 e dezembro de 2017.
“É um trabalho com milhares de registros, dezenas de monitoramentos, centenas de relatórios gerados. São mais de 18 mil notificações em um ano, 33 registros de aves, 3,8 mil avistamentos de botos e vários outros dados que ajudaram o porto a ter um diagnóstico mais preciso da sua atuação ambiental e da evolução deste trabalho”, explica o diretor da Companhia Ambiental, Pedro Dias.
No combate a emergências ambientais, são 25 profissionais que fazem treinamentos periódicos. “Hoje promovemos treinamentos periódicos para atuar em emergências ambientais. Não só à equipe dedicada a isso, mas a toda a comunidade portuária, órgãos públicos e diretores das empresas, uma vez que uma emergência ambiental envolveria toda essa comunidade”, explica o especialista em análise ambiental e gestão portuária da AlBriggs, André Wolinski.
Artur Hugen, com AEN/GPR/Foto: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56