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"O futuro do Rio Grande a gente faz agora", afirma Sartori na Federasul

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"Aceito passar para a história de várias maneiras, menos como mentiroso, medroso ou desonesto", disse Sartori

Como já é tradição, o governador José Ivo Sartori abriu o ano de palestras do projeto ‘Tá na Mesa’, da Federasul, nesta quarta-feira (14). “Quando vim aqui pela primeira vez como governador, em 2015, falei sobre sementes de mudança.

Hoje, no quarto ano do nosso governo, venho falar de uma semeadura que precisa continuar, mas também de sementes que já deram fruto – de mudanças que já estão acontecendo. O futuro do Rio Grande a gente faz agora”, enfatizou Sartori.

Em sua fala, o governador relembrou as ações estruturais tomadas desde o início do governo para reencontrar o equilíbrio fiscal do Rio Grande do Sul e focar os escassos recursos existentes para investimento nas áreas prioritárias, que exigem atuação do Estado: Segurança, Saúde, Educação, Infraestrutura e Desenvolvimento Social.

A mudança nas coisas do Estado

“Estamos vencendo, juntos, a maior crise da história do país de cabeça erguida. Em 40 anos de vida pública, nunca presenciei um cenário tão severo de dificuldade financeira, desemprego, descrença e desesperança. E o passo mais difícil para vencer a desesperança é o primeiro. Posso afirmar: o RS teve coragem para dar esse primeiro passo”, afirmou o governador.

Para Sartori, a primeira grande mudança foi na cultura política de governo. “Procurei colocar em prática duas grandes premissas políticas: ter coragem para fazer o que precisa ser feito e falar a verdade com transparência aos gaúchos”, explicou.

Como é seu estilo, brincou com a situação: “Bem na minha vez, o Rio Grande do Sul não podia financiar nem um real sequer. Bem na minha vez, o déficit projetado para o final de 2018 era de R$ 25 bilhões de reais. Bem na minha vez, os aumentos salariais deixados somariam mais R$ 4 bilhões na folha”.

Para enfrentar o cenário de crise, o governo promoveu o ajuste fiscal, introduziu o processo de governança e gestão na máquina pública - o Acordo de Resultados -, e está executando o plano de modernização do Estado.

“Nós enfrentamos! E com muito trabalho diminuímos o déficit de R$ 25 bilhões para R$ 8 bilhões. Também renegociamos a dívida com a União. Reduzimos os juros de 6% para 4% ao ano e alteramos o indexador de correção do IGP-DI para IPCA. Com isso, lá no final, no estoque da dívida, o Rio Grande do Sul pagará R$ 22 bilhões a menos até 2028. Diminuir os juros era um compromisso de campanha. Nunca fiz falsas promessas. O resultado está aí!”, comentou.

Regime de Recuperação Fiscal

Na caminhada para equilibrar a contas, o governo Sartori trabalha para aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e manter R$ 11 bilhões nos cofres do Estado. “Esse regime nos dá carência de três anos no pagamento da dívida, permite a busca de novos financiamentos e ajuda a normalizar o pagamento dos salários”, esclareceu o governador.

Sartori afirmou que o Rio Grande do Sul foi o estado brasileiro que primeiro percebeu a crise, e agora está preparado para um novo ciclo de desenvolvimento econômico e social.

“Trabalhamos muito, mas a travessia ainda não terminou. A caminhada é longa e precisamos continuar arrumando a casa, fazendo as mudanças que o Rio Grande tanto precisa”, destacou.

Mudanças no estado das coisas

As ações de mudança, gestão e modernização do Estado já apresentam resultados práticos, que podem ser sentidos pela população. Sartori citou, como exemplo, a conclusão de 668 obras em escolas, a implantação das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (Cipaves), a quitação da dívida com os hospitais e dos repasses de assistência social, e a retomada de contratos com o Banco Mundial nas áreas Social e de Infraestrutura.

O enfrentamento da criminalidade, com o fortalecimento do conjunto de instituições da Segurança Pública, fez o índices de violência entrarem em uma tendência de queda. Mais de 2,5 mil quilômetros de estradas estaduais foram recuperadas. A política de atração de investimentos já captou recursos na ordem de R$ 12 bilhões, montante que significa desenvolvimento regional, emprego e renda.

Facilita RS

Entre os resultados da modernização e da desburocratização do Estado, Sartori anunciou o Facilita RS, que será lançado no dia 27 de março. O programa é uma plataforma digital que vai simplificar a vida do cidadão. Na palma da mão, será possível acessar informações, obter certidões, realizar agendamentos, entre outros serviços. “O cidadão ganha em agilidade. O Estado reduz os custos. Melhor para todo mundo”, garantiu o governador.

“Não é apenas coincidência tantas boas notícias acontecendo agora. Os resultados estão aparecendo. O Rio Grande do Sul está mudando!”, declarou Sartori.

Mudança do estado de espírito

“Muitos duvidavam e olhavam com certa descrença. Mas nós não desistimos, e fizemos o que precisava ser feito. O remédio foi amargo e o resultado apareceu. Precisamos olhar mais para o que está dando certo. Deixar de lado o pessimismo, as brigas ideológicas, os ranços, os interesses corporativos e sindicais. Está na hora de resgatar a autoestima das gaúchas e dos gaúchos. O mundo mudou. As sementes que plantamos estão dando frutos. É hora da colheita”, frisou.

Sartori foi direto ao dizer não ter medo da impopularidade. "Se eu ficasse só de olho na popularidade, teria enganado o povo por quatro anos. E eu aceito passar para a história de várias maneiras, menos como mentiroso, medroso ou desonesto", disse.

O governador encerrou a palestra deixando clara sua postura neste ano eleitoral: “Precisamos fazer mais mudanças e transformações. Não contem comigo para demagogias de ano de eleição. Nunca me movi por isso. Contem comigo para continuar construindo o futuro do Rio Grande, com responsabilidade, diálogo, pés no chão e falando a verdade”, concluiu.

Artur Hugen, com Secom/GRS/Fotos: Luiz Chaves/Palácio Piratini