O servidor Nerione Cardoso Júnior, da Coordenação de Arquivo (Coarq), criou um guia on-line de referência rápida para todas as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) do Senado e Comissões Parlamentares Mistas de Inquérito (CPMI) já instaladas. Ele criou tabelas, com links e informações, como requerimentos, autorias e relatórios finais, de todas as comissões desde 1946 até o fim de 2016. Os arquivos estão publicados no site do Senado.
O trabalho é uma atualização do “Guia de Referência Rápida das Comissões no Senado Federal e no Congresso Nacional: 1974 a 2005”, lançado em versão impressa em 2006, também de autoria de Nerione. Na obra, já constava um material comparativo, listando todas as CPIs do período. A ideia da atualização surgiu após uma crescente demanda de pesquisa sobre CPIs no Arquivo.
— O pessoal estava com muitas demandas de pesquisas aqui sobre CPIs e, para facilitar, mostrei o que eu havia feito em 2006. Por isso, a coordenadora do Arquivo, Carla Mendes, e a chefe do Arquivo Histórico, Rosa Vasconcelos, sugeriram que eu atualizasse o guia para facilitar as respostas das pesquisas. Então, fiz uma gestão ativa do conhecimento: a partir de uma demanda recorrente de pesquisa sobre determinado tema, foi feita uma publicação com os principais conteúdos daquele assunto — explicou.
A ideia da gestão ativa do conhecimento é elaborar publicações impressas ou para a internet que agrupem informações já trabalhadas por outros setores da Casa de maneira que facilite o acesso de pesquisadores e demais usuários àqueles conteúdos. Dessa maneira, a informação é transformada em conhecimento, observa Nerione.
Segundo o servidor, durante a atualização dos dados nas tabelas, foi especialmente importante checar o registro das CPIs de 1946 a 1975, já que algumas informações dessa época foram perdidas na mudança do arquivo do Rio de Janeiro para Brasília. O processo de atualização durou cerca de um ano.
Facilidades
O grande avanço em relação à versão impressa foi a criação de hiperlinks nas tabelas. Antes, havia a página da publicação na imprensa oficial, em que o pesquisador precisaria procurar para saber como se deram os trabalhos daquela CPI. Agora, tudo está ao alcance de um clique.
— Na internet, você clica e já abre exatamente na página do requerimento que está listado. Eu peguei página por página e criei hiperlinks dentro da tabela para o usuário não precisar nem procurar no Diário Oficial — exemplificou.
Outra facilidade está na busca pelo nome das comissões. A coluna "Denominação" abrange tanto os nomes oficiais, quanto os apelidos dados pela imprensa ou na própria criação do requerimento. Dessa forma, fica mais fácil encontrar as CPIs, mesmo sem saber sua denominação oficial.
Fonte de Pesquisa
A coordenadora Carla Mendes acredita que a documentação guardada no Arquivo tem capítulos fundamentais da história do país e deve, portanto, ser disponibilizada à sociedade, desde que se respeite o sigilo protegido pela Constituição e por demais normas. Por isso, o guia de comissões de inquérito é considerado uma importante fonte de pesquisa.
Artur Hugen, com informações da AS/Foto Geovanna Pimenta/Comunicação Interna
19 de Novembro, 2024 às 23:56