Em conversa com o ministro da Agricultura e manifestações na tribuna e na Comissão de Agricultura, na terça-feira (17), a senadora Ana Amélia (Progressistas-RS) fez um apelo para que o governo reaja caso a União Europeia restrinja as exportações brasileiras de frango. A decisão do bloco foi anunciada ontem. - Que seja olho por olho e dente por dente! O Brasil não pode ficar calado diante dessa medida que trará impactos negativos para avicultura e milhares de pequenos produtores, que perderão emprego e renda – disse a senadora gaúcha. Ana Amélia lembrou que no Rio Grande do Sul a atividade está presente em quase metade dos municípios gaúchos: 240 localidades. Citou ainda que o setor gera quase 50 mil empregos diretos, segundo dados da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav). Na conversa com a senadora Ana Amélia, durante evento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, confirmou que a União Europeia está planejando bloquear as exportações de nove unidades exportadoras de carne de frango da BRF para o bloco comercial e pode também revogar as credenciais de outras plantas brasileiras, citando motivos comerciais para o eventual movimento europeu. À imprensa, depois de retornar de missão comercial a Bruxelas na semana passada, com o objetivo de convencer a Europa a não proibir produtos avícolas brasileiros, Blairo Maggi disse que a UE está usando preocupações sanitárias que não têm base técnica para justificar as proibições de exportações de frango salgado do Brasil. O ministro disse que a UE não cumpre as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) ao impor tais barreiras aos produtos de frango brasileiros. O Brasil vendeu US$ 317 milhões em frango salgado in natura para a UE no ano passado e US$ 118 milhões em frango in natura sem sal, para o qual a cota permitida é de 21.600 toneladas sem tarifas, segundo apresentação feita pelo ministro. |
Artur Hugen, com AI/Gabinete/Foto: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56