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Bancada gaúcha tenta reverter entendimento sobre manejo de campos nativos em áreas consolidadas

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senadora Ana Amélia (Progressistas-RS) e os deputados Luis Carlos Heinze (Progressistas-RS) e Jerônimo Goergen (Progressistas-RS) para tratar sobre as multas aplicadas a agricultores que manejaram campos nativos nos Campos de Cima da Serra

O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, e a presidente do Ibama, Suely Araújo, receberam nesta quarta-feira (2) a senadora Ana Amélia (Progressistas-RS) e os deputados Luis Carlos Heinze (Progressistas-RS) e Jerônimo Goergen (Progressistas-RS) para tratar sobre as multas aplicadas a agricultores que manejaram campos nativos nos Campos de Cima da Serra e em outras regiões do Rio Grande do Sul.

Também participaram da audiência representantes da CNA, da Farsul, da Casa Civil e um casal de produtores de Vacaria, alvo das multas.

A mudança de entendimento do Departamento Jurídico do Ministério do Meio Ambiente (MMA) sobre o manejo de campos nativos em áreas consolidadas para plantar pastagem para alimentar o gado ou outro tipo de cultura, como grãos, hortifruti e silvicultura, resultou na aplicação de multas que somam até agora R$ 13 milhões.

Os parlamentares explicaram que os valores são considerados impagáveis pelos produtores.

De acordo a senadora Ana Amélia, é preciso encontrar uma solução para o impasse que tem gerado insegurança jurídica, para os produtores continuarem suas atividades. Cerca 1,7 mil hectares de áreas foram embargadas pelo Ibama.

— Além dos custos com advogados para contestar as multas, os agricultores deixam de produzir e a economia dos municípios é afetada. Resolver esse impasse é fundamental para dar segurança aos produtores no desenvolvimento da agricultura diversificada e sustentável e também aos órgãos fiscalizadores — disse.

Para reverter as multas, a bancada gaúcha foi aconselhada a levar o caso para o Departamento Jurídico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Com um parecer diferente do entendimento do MMA, a Advocacia Geral da União será provocada a se posicionar sobre o caso.

Outra ação que será trabalhada pela bancada gaúcha, é tentar a aprovação do PLS 194/2018, de autoria da senadora Ana Amélia. A matéria promove flexibilização da legislação para manter a proteção dos Campos de Altitude e, ao mesmo tempo, permitir ao produtor rural que desenvolva suas atividades sem que esteja sujeito a multas, embargos, processos e problemas ambientais. A matéria tramitará nas comissões de Agricultura (CRA) e de Meio Ambiente (CMA) do Senado. Se aprovado, segue para a Câmara dos Deputados.

Artur Hugen, com AI/Gabinete da senadora gaúcha/Fotos: Felipe Sobreira