O Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Coordenação de Trânsito e Quarentena Animal Internacional (CTQA), obteve avanços importantes para exportação de material genético brasileiro. Rodadas de negociação foram feitas na última semana, durante a 85ª Expozebu, em Uberaba (MG).
Segundo a coordenadora Judi Nóbrega, “foram fechados acordos com o Quênia, para venda de embriões in vitro e in vivo, bovinos vivos e sêmen. Com o Equador foram concluídos os certificados (CZI) de embriões in vivo e in vitro. Com a Colômbia foi ajustado o protocolo para exportação de sêmen e iniciadas as negociações para exportação de bovinos para reprodução, e, com a Guatemala, a rodada envolveu a destinação de embrião in vivo e in vitro”.
O diretor do DSA, Guilherme Marques, destacou que “o trabalho coordenado entre o Mapa e o setor privado, aliado às garantias sanitárias que o Brasil assegura estão abrindo muitas portas para o mercado internacional”.
Além disso, avançaram muito as conversações com os representantes da Colômbia, Equador, Tailândia, Malásia, Índia, Nicarágua, Quênia e Guatemala, interessados no material genético e nos bovinos de elite do Brasil.
No acordo com o Quênia foram necessários meses de trabalho com a troca de comunicações técnicas e pelas vias diplomáticas. As reuniões durante a Expozebu e o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) aceleraram o processo, pois os representantes dos países importadores constataram a qualidade do trabalho feito pelos criadores e pelo MAPA junto às centrais de coleta de material genético e nas Estações Pré Embarque para exportação de animais vivos.
Judi Nóbrega disse que foram importantes os avanços nas discussões para elaboração dos protocolos para embrião vivo com a Índia. “Os indianos se comprometeram a apresentar o resultado das discussões em assembleia do seu serviço sanitário, no dia 17. “Saímos com expectativas muito positivas de que, em breve teremos, também, avanços e finalizações das negociações com a Índia”, completou a coordenadora.
Com a Malásia, os entendimentos foram para que seja disponibilizado, pela equipe do serviço veterinário malaio, o relatório das avaliações de risco feitas em 2016, durante visita de uma missão veterinária ao Brasil. À época, foi avaliado o sistema sanitário brasileiro, com o objetivo de importação de bovinos vivos para abate.
Aos tailandeses foram mostrados todos controles sanitários que são efetuados no país. “Com a Guatemala, trabalhamos e firmamos o protocolo para importação de sêmens e embriões bovinos, os quais serão também encaminhados pelas vias formais ainda neste mês de maio”, adiantou a coordenadora. “Tamanha é a satisfação do setor privado brasileiro em relação ao compromisso do Mapa em desenvolvimento e crescimento do agronegócio que foi entregue ao Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária uma homenagem da própria ABCZ”, disse Marques.
De acordo com o diretor “ já colhemos muitos frutos devido aos investimentos do setor público e privado, mas seguramente a melhor safra ainda está por vir. Em 2023 quando todo o Brasil for reconhecido internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação, não apenas teremos o potencial de abrir todos os mercados mundiais, mas principalmente de agregar muito mais valor às nossas exportações”.
Artur Hugen, com Coordenação-geral de Comunicação Social do Mapa/Foto: Divulgação
Produtores pedem preço justo pela maçã
Produtores de maçã da região de São Joaquim se reuniram no início da semana, para se manifestar contra o baixo preço da fruta.
Tendo como principal economia da região a fruticultura, os produtores alegam que o preço sugerido pelas empresas é muito baixo e com isso, causará um grave problema econômico no município.
O preço médio de compra da fruta foi calculado em R$ 0,67, considerado muito baixo por aqueles que têm como principal, e até mesmo única, fonte de renda, o comércio da maçã.
Um levantamento da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) revela que, para produzir um quilo de maçã hoje, o custo médio fica entre R$ 0.80 e R$ 0,90. De acordo com os produtores, um preço justo seria acima de R$ 1,00, para que além de receberem pela produção, possam lucrar com seu trabalho.
Artur Hugen, com CLmais/Foto: Camila Paes
19 de Novembro, 2024 às 23:56