O Congresso Nacional reúne-se na terça-feira (15) no plenário da Câmara dos Deputados para votação de dois vetos presidenciais e três projetos. A sessão terá início às 15h.
Um dos principais itens da pauta é o Veto 12/2018, que anulou a permissão para que instituições filantrópicas que tratam dependentes químicos possam firmar contratos com qualquer órgão do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad).
A permissão constava da Lei 13.650/2018, que simplifica as regras para a obtenção e renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas). A justificativa do presidente Michel Temer foi de que “a possibilidade de pactuação com órgão não integrante do Sistema Único de Saúde viola a premissa constitucional de unicidade do SUS”.
A certificação das filantrópicas, regulada pela Lei 12.101/2009, reconhece uma pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos como sendo de assistência social e permite a ela a isenção de pagamentos das contribuições para a seguridade social. Com a Cebas, as entidades podem celebrar convênios com o poder público, obter subvenções sociais (repasses para cobrir despesas de custeio) e até desconto na conta de energia elétrica.
Pela norma, também podem obter certificação as instituições reconhecidas como serviços de atenção a dependentes químicos. O requisito é que elas sejam qualificadas como entidades de saúde e comprovem esse tipo de prestação de serviço. Nesse caso, a prestação desses serviços precisa contratada com o gestor local do SUS.
Outro item da pauta de votações é o Veto 11/2018 à que regulamenta a produção de polpa e de suco de frutas. Pela Lei 13.648/2018, as novas normas seriam aplicadas apenas às cooperativas e associações formadas por agricultores familiares e o veto retirou essa restrição.
Também foi vetado o trecho que estabelece que a produção, padronização e envase da polpa ou suco de frutas devem ser realizados exclusivamente na agricultura familiar.
Orçamento
Senadores e deputados federais também devem votar o PLN 6/2018, que modifica a Lei Orçamentária Anual (LOA) e prevê a criação de 231 cargos e funções, 67 dos quais para compor o gabinete da intervenção federal no Rio de Janeiro. Os 164 restantes são cargos em comissão para direção e assessoramento na área de segurança pública e para outras demandas prioritárias do Executivo federal.
Para complementar o projeto que prevê a criação dos 231 cargos e funções na LOA, o governo enviou outra proposta com ajustes na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que também está na pauta do Congresso (PLN 7/2018).
Já o Projeto de Resolução do Congresso 3/2017, do senador Romero Jucá (PMDB-RR), cria a Jornada Nacional de Controle Externo, a ser realizada a cada dois anos para promover o debate e a uniformização de entendimentos e de jurisprudência sobre matérias relacionadas ao controle externo da administração pública. É o último item da pauta de votações.
Artur Hugen, com Agência Senado/ Foto: Edilson Rodrigues
19 de Novembro, 2024 às 23:56