Em pronunciamento na última semana, o senador Paulo Bauer (PSDB-SC) analisou o atual quadro econômico brasileiro e atribuiu a crise enfrentada pelo país a equívocos da gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.
Segundo o senador, naquele período o governo estava mais preocupado com seu lugar político do que com o sucesso da economia nacional, cuja inflação era elevada e os juros alcançavam “níveis insuportáveis”, além de haver milhões de desempregados e diversas obras paralisadas.
Paulo Bauer ponderou que, se a economia de um país for bem-sucedida, toda a população é beneficiada, o que não se via enquanto o Partido dos Trabalhadores comandava o Brasil. Ao ressaltar que, quando a arrecadação do governo é insuficiente, os investimentos públicos são interrompidos, o senador citou dados divulgados pelo Banco Central, segundo os quais o PIB caiu 0,13% no primeiro trimestre deste ano.
Mesmo assim, segundo Bauer, o índice é superior ao registrado no mesmo período de 2017. Além disso, em sua opinião, os números não devem ser encarados com desespero porque não levam o país a tempos de preocupação ou de precaução. Para o senador, o estímulo monetário, baseado na baixa taxa de juros, tem ajudado a impulsionar o crescimento do país.
— Nós temos visto que os juros no Brasil têm sido reduzidos sistematicamente por decisão do Copom e isso, obviamente, permite que a economia funcione com mais efetividade.
Paulo Bauer pede contratação de mais funcionários para agilizar a aduana em Santa Catarina
O senador Paulo Bauer (PSDB-SC) defendeu a contratação de servidores para a aduana do município de Dionísio Cerqueira, localizado na fronteira de Santa Catarina, do Paraná e da Argentina. Ele pediu o estabelecimento de novas regras de liberação de mercadorias entre os diversos órgãos da administração pública federal e dos órgãos de administração da Argentina.
Segundo Paulo Bauer, essas providências são indispensáveis para impedir o aumento de custos desnecessários, já que o Brasil importado milho do Paraguai, destinado à agroindústria, à agricultura e à alimentação de aves e suínos no oeste catarinense. Além disso, mesmo sem a importação do milho, caminhões de carga têm sido constantemente barrados e obrigados a aguardar cerca de 30 dias o desembaraço e a liberação das cargas, disse.
O parlamentar afirmou ter certeza de que a Receita Federal solucionará o problema no menor prazo. E ressaltou que disso dependem a agroindústria catarinense, a economia da região e, principalmente, a vida dos agricultores, que precisam ter remuneração suficiente pelo seu trabalho.
— Isso não pode acontecer e, nem tampouco, podemos permitir que os veículos de carga, seja desta ou daquela mercadoria, tenham que desviar o oeste catarinense e adentrar no Brasil por Foz do Iguaçu [PR] ou pelo Rio Grande do Sul, onde efetivamente as aduanas funcionam de forma eficaz e adequada.
Artur Hugen, com Agência Senado/Foto: Waldemir Barreto/AS
19 de Novembro, 2024 às 23:56