O presidente do Senado, Eunício Oliveira, afirmou nesta semana, que está buscando uma negociação sobre o aumento dos combustíveis, incluindo o gás de cozinha, que não onere o cidadão brasileiro. Segundo ele, o entendimento deve englobar governadores, e os Poderes Executivo e Legislativo.
— Tratamos ontem com o ministro da Fazenda, estamos abertos para o diálogo para fazer qualquer entendimento que não permita mais o aumento de combustíveis em função do aumento do dólar ou de algumas circunstâncias. Temos que ter cuidado com o processo econômico, mas não podemos permitir abuso.
Em relação a mudanças nos impostos como solução para esse problema, Eunício lembrou que o ICMS é um imposto estadual e frisou que a discussão deve incluir o PIS e a Cofins. O presidente do Senado também declarou que é preciso buscar um entendimento sobre o processo de reoneração de alguns setores.
— Temos que encontrar o equilíbrio nessa questão premente para a população que precisa ter tranquilidade com o seu direito de ir e vir.
Ele explicou que, com entendimento, qualquer mudança votada na Câmara, pode ser votada no Senado rapidamente.
Artur Hugen, com Agência Senado/Foto: Jane de Araújo/AS
Em pronunciamento nesta semana, o senador Pedro Chaves (PRB-MS), criticou os inúmeros aumentos dos preços dos combustíveis. Ele salientou que entre 2017 e 2018 a gasolina e o diesel já aumentaram 47 vezes.
O senador afirmou que a política de recuperação econômica da Petrobras não pode se sobrepor ao desenvolvimento do país.
— Mas até onde me conta, o petróleo não aumentou 42% para justificar esse aumento nos combustíveis. Será que ninguém está pensando nos efeitos desses aumentos nos produtos, nos preços gerais? Ninguém está percebendo os efeitos negativos no emprego?
O senador disse ser preciso defender o consumidor brasileiro, cuja renda tem caído ano após ano.
— Nossa economia não está forte o suficiente para resistir a esses prejuízos em série.
Pedro Chaves observou que todos os indicadores econômicos serão afetados pelos aumentos dos combustíveis. Se os combustíveis continuarem nesse patamar e ainda aumentando, a economia retrocederá, já que toda a cadeia produtiva tem relação com os combustíveis, concluiu.
Artur Hugen, com Agência Senado/Foto: Roque de Sá/AS
19 de Novembro, 2024 às 23:56