O esforço coletivo dos órgãos estaduais para controlar os efeitos da paralisação de caminhoneiros assegurou a normalidade do abastecimento no Rio Grande do Sul. Em sete dias de operações, desde 26 de maio, 1.760 caminhões foram escoltados para atender 622 solicitações encaminhadas, carregados com combustível (1.108), ração animal (235), alimentos (184) e gás de cozinha (139).
O balanço do Gabinete de Crise foi apresentado nesta sexta-feira (1º), no Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI) da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Para o governador José Ivo Sartori, o êxito da mobilização se deu pelo trabalho conjunto e coletivo. "Enfrentamos a crise pelo esforço de união, com entendimento e negociação. O sucesso das operações fez com que a normalidade fosse restabelecida sem maiores contratempos, beneficiando a população", destacou.
Sartori voltou a fazer uma advertência sobre a interrupção do abastecimento: "A maior crise de distribuição de alimentos e combustíveis do estado comprometeu o fornecimento de medicamentos e atendimento de hospitais. Gera desconforto e vai causar prejuízo econômico não só no poder público, mas no comércio, indústria e na produtividade agrícola".
O coordenador do Gabinete de Crise, vice-governador José Paulo Cairoli, avaliou que a participação substancial das forças de segurança na escolta de caminhões da refinaria aos municípios foi o grande expoente da mobilização. "O dia mais tenso foi na terça. Mas intercedemos para desmobilizar alguns focos de resistência e, desde ontem (31), já conseguimos chegar na ponta, garantindo a normalidade do abastecimento", apontou.
Corredores de segurança
As forças policiais e militares estadual e nacional criaram grandes corredores de segurança nas rodovias para garantir a distribuição de combustível e alimentos para capital e interior. A Brigada Militar, Força Nacional, Exército Brasileiro e Polícia Rodoviária Federal continuam com efetivo mobilizado.
Conforme o general Geraldo Antônio Miotto, do Comando Militar do Sul (CMS), a inteligência do Exército desmobilizou dois casos de sabotagem em linhas de transmissão no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, evitando risco de apagão. "Quando se emprega força, tem que ter legalidade e o Exército estava apoia a Lei. Ninguém é protagonista e foi respeitado cada segmento nas operações. Vamos continuar em prontidão até acabarem os fake news", afirmou.
O monitoramento de rodovias e o atendimento em casos específicos da Defesa Civil continuam em operação. Até o momento, 974 chamadas foram efetuadas.
Participaram os secretários da Segurança Pública, Cezar Schirmer; da Agricultura e Abastecimento, Odacir Klein; da Saúde, Francisco Paz; da Comunicação, Isara Marques; dos Transportes, Humberto Brandão Canuso; da Fazenda, Luiz Antônio Bins; da Defesa Civil, coronel Alexandre Martins; e demais comandantes e representantes de órgãos estaduais.
Artur Hugen, com Secom/GRS/Fotos: Dani Barcellos/Palácio Piratini
19 de Novembro, 2024 às 23:56