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Papel do Turismo na economia criativa é destaque em Brasília

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I Seminário Internacional de Economia Criativa do Distrito Federal e III Encontro de Turismo Criativo. E, mais: Destinos para curtir o inverno pelo Brasil

Estão abertas as inscrições para o “Distrito Criativo”, evento de debates que vai abordar o Turismo como setor-chave da economia criativa no Distrito Federal.

A programação vai de 5 a 7 de junho e contempla painéis, palestras e apresentações no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF). São esperadas 300 pessoas entre empreendedores e representantes do setor público e privado local, de acordo com estimativas da Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer do DF, que organiza o encontro em parceria com a Secretaria de Cultura e o Sebrae-DF.

A programação está dividida entre o 1º Seminário Internacional de Economia Criativa do DF e o 3º Encontro de Turismo Criativo, que incluem a apresentação dos mapas #bsbcityofdesign e Roteiros Autoguiados de Brasília. Também estará acontecendo, paralelamente, a I Mostra Brasília Cidade Design, que vai até julho no Mezanino da Torre de TV. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pela internet ou pelo 0800-570-0800.

O Distrito Criativo é o terceiro de uma série de encontros anuais realizados na capital da República com o objetivo de discutir e oferecer subsídios para reposicionar a marca do destino Brasília e também fomentar políticas locais de turismo criativo. Da arquitetura à gastronomia, a cidade trabalha para oferecer ao visitante mais que pontos turísticos: quer ser especialista na oferta de “experiências” e projetar o potencial criativo da economia turística local.

Segundo Nicole Facuri, chefe da Unidade de Captação de Eventos da Setur-DF, o evento dialoga com as metas estabelecidas por Brasília como Cidade Criativa do Design, título concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em outubro de 2017. “Nos juntamos a uma rede de 180 cidades de 72 países, cidades que entenderam a criatividade como fator de desenvolvimento urbano sustentável e inclusivo”, pontua. O objetivo é transformar Brasília em um “hub” da economia criativa no país.

Ao todo, oito cidades brasileiras fazem parte da Rede de Cidades Criativas da Unesco: Florianópolis (SC), Paraty (RJ) e Belém (PA) no campo da gastronomia; Brasília (DF) e Curitiba (PR) na área do Design; Salvador (BA) na temática da música; Santos (SP), no segmento do cinema; e João Pessoa (PB), no setor de artesanato e artes folclóricas.

O evento é um dos projetos previstos pelo Plano de Turismo Criativo de Brasília 2016-2019, que colocou o conceito de “criatividade” no centro da política de turismo do DF. O documento prevê intervenções criativas, projetos e estratégias de negócios inovadores para a cidade, todos voltados para o turismo de experiência. Entre os exemplos estão o desenvolvimento de roteiros de turismo rural, a criação dos museus do Rock e de Arte a Céu Aberto, e a implantação de um “spa do cerrado” e da “Legoland” Brasília.

O Distrito Criativo congrega empreendedores dos ramos de design, audiovisual, fotografia, gastronomia, literatura, arquitetura, artes, esportes, cinema, música, tecnologia, eventos, negócios de artesanato e produção associada, consideradas áreas de grande potencial de interface com a economia criativa, entre outras.

Experiências internacionais
Um exemplo sul-americano de destaque em economia criativa e colaborativa é Buenos Aires. A cidade apostou nesse modelo de negócios, a partir de suas vocações. Empresários, entidades e o governo local escolheram uma área degradada e criaram um cluster da economia criativa para apoiar empreendedores diversos, com destaque para tecnologia e design, além das áreas de audiovisual, moda, games e música. Esse novo pólo aos poucos movimentou a economia da cidade, atraiu talentos e recuperou o desenvolvimento do bairro. Um programa de políticas públicas foi desenvolvido apoiando os setores criativos e implantou um centro de tecnologia de design que movimenta diversos negócios empreendedores e apoia talentos de várias áreas. Hoje o setor corresponde a 10% da economia portenha e o Centro Metropolitano de Design atrai empreendedores do mundo todo.

Segundo Cristiano Borges, coordenador-geral de Produtos Turísticos do MTur, a combinação de conceitos como economia da experiência e destinos inteligentes geram políticas e soluções de mercado modernas, inovadoras e compatíveis com a vocação da capital da República. “Cada vez mais o turista quer vivenciar os destinos, em vez de simplesmente contemplá-los. Assim, quanto mais experiências forem oferecidas ao turista, maior será a possibilidade de que ele tenha uma visita enriquecedora e, consequentemente, de que ele recomende e até retorne ao destino”, comenta.

Artur Hugen, com foto: de Roberto Castro/MTur

SERVIÇO
I Seminário Internacional de Economia Criativa do Distrito Federal e III Encontro de Turismo Criativo.
Dias e Horários: 5 a 7 de junho. Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Clique AQUI para se inscrever gratuitamente

I Mostra Brasília Cidade Design.
Dias e Horários: 6 de junho a 7 de julho, das 9h às 19h. Local: Mezanino da Torre de TV

Destinos para curtir o inverno pelo Brasil

Baixas temperaturas já permitem que os turistas vistam o casaco para curtir o friozinho das serras e de outros locais que oferecem atrativos naturais e festivais de música e gastronomia

Num país tropical e acostumado com o sol e o calor, o frio se transforma numa verdadeira atração turística. Temporada de baixas temperaturas vai até agosto e diversifica o turismo

Oficialmente o inverno só começa no dia 21 de junho, mas as baixas temperaturas já permitem que os turistas vistam o casaco para curtir o friozinho das serras e de outros locais que oferecem atrativos naturais e festivais de música e gastronomia.

Até agosto, os meses mais frios do ano movimentam os viajantes que curtem temperaturas amenas em várias regiões do Brasil.

No Sul e Sudeste são encontrados tradicionais destinos da estação. Bento Gonçalves, no Vale dos Vinhedos, a dobradinha formada por Gramado e Canela, na serra gaúcha; São Joaquim e suas vizinhas da neve, na serra catarinense; a trinca Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro e Campos do Jordão (SP), na Serra da Mantiqueira, são alguns deles.

A histórica Ouro Preto (MG) realiza entre os dias 6 e 22 julho, o 51º Festival de Inverno, um dos mais tradicionais do Brasil. A festa de Ouro Preto conta com shows e exposições nas ruas de casario colonial e igrejas barrocas, além da tradicional cozinha mineira. A estação termal de Poços de Caldas, também em Minas Gerais, é outro destino de inverno para quem gosta de relaxar nas águas quentes ou se aquecer nas noites com música e vinho. O Blues & Jazz Festival, entre os dias 19 e 22 de julho, terá como palco a Antiga Estação Ferroviária de Poços de Caldas com os tradicionais chocolates, queijos e vinhos.

Já a catarinense Joinville realiza seu 36ª Festival de Dança entre 17 e 28 de julho. O roteiro turístico integra dança, cerveja, gastronomia e arquitetura alemã. Em Blumenau, também de cultura europeia, o Festitalia, em julho, e Sabores de Santa Catarina, em agosto, são dois festivais dedicados à culinária durante o inverno, e seguem o clima do Internacional Beer Festival, no final de junho, para quem quiser antecipar o espírito da Oktoberfest, a maior de todas as festas do estado, que será realizada em outubro.

No Nordeste, onde as quatro estações do ano se confundem com o verão, também há destinos para se curtir o friozinho do inverno. Guaramiranga, no Maciço do Baturité, a 100 km de Fortaleza, tem uma agenda de eventos o ano inteiro. A temporada de inverno começa com os festejos juninos e continua com a virada cultural, mostra de teatro e shows folclóricos. A vizinha Pacotí encerra a temporada, em agosto, com o festival Café, Chocolate e Flores. O roteiro de clima ameno e paisagem singular na região serrana cearense tem atrativos históricos, culturais, de natureza e aventura.

O turista que gosta de fugir do óbvio também poderá subir as serras de Gravatá e Garanhuns, em Pernambuco, e se deliciar com o clima frio e atrações quentes nas noites do inverno pernambucano. Em sua 28ª edição, o Festival de Inverno de Garanhuns, de 19 a 28 de julho, é considerado um dos principais eventos culturais de Pernambuco e atrai turistas de todo o Brasil. Já no Centro Oeste, Bonito (MS) também é um dos paraísos de inverno para quem busca temperaturas amenas em contato com a natureza, além de poder nadar com os peixes nos rios e piscinas naturais. A serra do Tepequém (RR), a 200 km de Boa Vista, está entre os destinos mais frios da região Norte.

Banhos de cachoeiras e cavalgadas são alguns dos programas favoritos dos turistas que visitam Penedo (RJ), além de queijos e vinhos com um toque nórdico são as principais características da antiga colônia finlandesa. O turismo romântico também faz parte dos dias frios de Visconde de Mauá (RJ) e Monte Verde (MG), ambas na Serra da Mantiqueira. Entre as capitais, Curitiba (PR) é uma das mais frias e oferece atrações como parques urbanos, atividades culturais e gastronomia diversificada. A descida da Serra do Mar de trem até a histórica Morretes para degustar o barreado, prato típico local, é um dos programas de inverno favoritos de quem visita Curitiba.

Artur Hugen, com Geraldo Gurgel/MTur/Fotos: Jessica Hugen/Divulgação