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Câmara discute impactos da crise dos combustíveis no agronegócio

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deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS), que se mostra extremamente preocupado com os rumos da intervenção do governo na economia após a greve dos caminhoneiros

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) promove na próxima terça-feira (12), às 14h (Plenário 6 – Anexo II), audiência pública para discutir os impactos da crise dos combustíveis no agronegócio.

O debate atende ao requerimento do deputado Jerônimo Goergen (Progressistas-RS), que se mostra extremamente preocupado com os rumos da intervenção do governo na economia após a greve dos caminhoneiros.

“Ao tentar contemplar a justa reivindicação dos motoristas, o Palácio do Planalto optou por transferir a conta para toda a sociedade, numa matemática onde absolutamente todos continuam perdendo”, alertou o parlamentar.

Os dez dias de paralisação do transporte rodoviário de cargas produziu prejuízos bilionários para diversos segmentos do agronegócio, que terão reflexos pelos próximos meses.  Para subsidiar a redução do preço do diesel, o governo federal interveio no mercado de combustíveis. E para cobrir o rombo bilionário, o presidente Michel Temer negociou com o Congresso o fim da desoneração da folha de pagamentos. “Essa medida, aliada à redução do Reintegra, representará um aumento significativo da carga tributária”, criticou Jerônimo. Outra concessão feita aos caminhoneiros que está gerando polêmica foi a criação da tabela do frete, item que também está pesando nos custos de produção.

O parlamentar ressalta que a greve dos caminhoneiros foi justa por revelar ao Brasil a inviabilidade econômica de se trabalhar com aumentos diários dos combustíveis. “A Petrobras teve papel decisivo nessa crise ao se desfazer de refinarias e nos tornar dependentes da importação do diesel, cotado em dólar. E esse subsídio que a companhia agora recebe de presente terá que ser pago por toda a sociedade, inclusive com o corte em saúde e educação. Foi uma péssima equação para todos”, argumentou Jerônimo.  

Relação de entidades convidadas:

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);

Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis);

União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam);


Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA);

Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB);

Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios;

Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove);

Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (SETCERGS);

Federação das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Rio Grande do Sul (FETRANSUL);

Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (ACEBRA);

Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA);

Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC);

Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO).

Artur Hugen, com Apolos Neto/AI/Gabinete/Foto: Divulgação