Nos três Estados do Sul, os próximos dias serão de intenso frio. Leia a previsão para Santa Catarina, pois não será muito diferente no Rio Grande do Sul e Paraná:
Sexta-feira: instabilidade saindo de Santa Catarina e massa polar ganhando força. Céu nublado a muitas nuvens com alguma chance de chuva/garoa muito isolada no Nordeste, pela madrugada/manhã. Do Oeste ao centro e sul entre nublado a intervalos de poucas nuvens.
Temperatura muito baixa. Mínimas; 1/8°C na maior parte de SC, -1/6°C (litoral sul) e 5/11°C na maior parte do litoral e boa parte do vale do Itajaí e entre -5/-2°C em vários pontos do topo da serra amanhecer ou no fim da noite com geada severa, baixadas/vales.
Geada do oeste ao centro e planalto sul e pontos do litoral sul. Máximas entre 9/13°C na maior parte de SC, 6/9°C no topo da serra/cidades+ de 1300 m, entre 14/17°C em pontos do litoral e baixo vale do Itajaí.
Vento bem variável, mais de sudoeste a sul/sudeste no litoral e áreas próximas, ocasionais iguais ou acima dos 30/50 km, períodos de fraco. Ruim para navegação no mar aberto. Picos perto ou acima dos 1,5/2,0 m/ressaca, acima ou em torno dos 4,0 m no alto mar.
Vento variável, sudeste a sudoeste/sul, rajadas ocasionais iguais ou acima dos 20/40 km. Nas atividades ao ar livre, lavouras e pomares, colheita e tratamento, condições; o frio incomoda.
Sábado; intensa massa polar. Predomina o céu claro a sol e nuvens. Intervalos de nublado. Temperatura muito baixa. Mínimas; -3/7°C na maior parte de SC, 3/9°C no nordeste de SC, -2/5°C na maior parte do litoral centro sul e entre -9/-6°C em vários pontos do topo da serra, baixadas e vales com geada muito severa. Geada do oeste ao centro, planalto sul e vários pontos do litoral sul e Grande Fpolis. Máximas entre 9/14°C na maior parte de SC, 6/9°C no topo da serra/cidades+ de 1300 m, entre 14/17°C em pontos do litoral e baixo vale do Itajaí.
Vento bem variável, mais de sudoeste a sul/sudeste no litoral e áreas próximas, ocasionais iguais ou acima dos 25/45 km, períodos de fraco. Ruim para navegação no mar aberto. Picos perto ou acima dos 2,0 m/ressaca, acima ou em torno dos 4,0 m no alto mar. Vento variável, sudoeste a sudeste, rajadas ocasionais iguais ou acima dos 20/40 km. Nas atividades ao ar livre, lavouras e pomares, colheita e tratamento, condições; o frio incomoda.
Domingo; intensa massa polar em SC. Predomina o céu claro a sol e nuvens. Intervalos de nublado (mais no nordeste de SC onde as nuvens predominam). Temperatura muito baixa. Mínimas; -3/7°C na maior parte de SC, 3/9°C no nordeste de SC, -2/5°C na maior parte do litoral centro sul e entre -9/-6°C em vários pontos do topo da serra, baixadas e vales com geada muito severa. Geada do oeste ao centro, planalto sul e vários pontos do litoral sul e Grande Fpolis. Máximas entre 11/16°C na maior parte de SC, 9/12°C no topo da serra/cidades+ de 1300 m, entre 16/19°C em pontos do litoral, baixo vale do Itajaí e oeste.
Vento bem variável, mais de sudoeste a sul/sudeste no litoral e áreas próximas, ocasionais iguais ou acima dos 25/45 km, períodos de fraco. Ruim para navegação no mar aberto. Picos perto ou acima dos 2,0 m/ressaca, acima ou em torno dos 4,0 m no alto mar. Vento variável, sudoeste a sudeste/leste, rajadas ocasionais iguais ou acima dos 20/40 km. Nas atividades ao ar livre, lavouras e pomares, colheita e tratamento, condições; o frio incomoda.
Neste período (45 dias) o sol aparece mais, períodos maiores de ensolarado a sol e nuvens.
Neste período, de 14 de junho a 28 de julho, acumulados entre 140/190 mm no Estado como um todo (alguns pontos bem acima, mais no leste, ou bem abaixo deste valor), abaixo da média em SC, irregular. A chuva virá de áreas de instabilidade e frentes frias. Predominam às frentes frias de agora e diante. Temporais isolados, alguns intensos/severos (tempestades), mais que a média no decorrer do outono/inverno /clima (não em número). Eventos fortes e curtos de chuva e temporais mais fortes que o normal pode acontecer neste outono/inverno/clima.
Neste período episódios de frio forte (2 a 4) para época (com mais de 5/7 dias seguidos), assim como períodos curtos de 2/3 dias com calor moderado a forte (máximas acima dos 29/33°C nas áreas baixas e acima dos 24/29°C nas áreas altas e acima dos 21/24°C no topo da serra), máxima em algumas estações de SC. No geral os dias frios predominam, possíveis intervalos mais quentes na segunda quinzena de junho e começo de julho. Junho/julho perto ou abaixo da média, mas com períodos de frio/calor forte a bem forte alternados, geada mais ampla e frio bem intenso por alguns dias aumenta em 1 a 3 períodos (3 a 6 dias seguidos).
Fim do outono/inverno de 2018
O verão (dezembro a março, neste ano o verão começou mais tarde, meados de dezembro) e terminou fins de março, foi um verão mais ameno, em muitos locais em mais de 10 anos que não tínhamos um verão tão suave, teve muitos períodos de madrugadas frescas a frias (bem mais que o normal), foram mais quentes e frequentes na segunda quinzena de março, tardes não tão quentes, os períodos de calor forte foram curtos e intensos.
Dezembro a março em que algumas poucas estações ficou igual ou acima dos 40,0°C (42,0°C em dezembro/Braço do Norte/Jardel Joaquim) e várias ocorrências de geada bem isolada no topo da serra, 17 dias, novo recorde, a mínima do verão foi em São Joaquim/Santo Antão/F.Keiser com 1,1°C dia 13 de março. A chuva foi bem irregular, sendo que janeiro foi bem acima da média no litoral centro norte, em especial em Florianópolis onde no norte da ilha registrou mais de 650 mm/recorde absoluto na capital/Epagri.
Foi mais seco em dezembro e fevereiro, março voltou a ficar da média para acima da média e foi o único mês acima do normal em todo o Estado. Poucas trovoadas de verão neste ano, algo pouco usual. O verão seguiu conforme o previsto em novembro; chuva irregular e verão mais ameno que o normal.
O outono/meados inverno em 2018, até começou cedo em março, mas da segunda quinzena de março e abril o calor voltou a predominar, deixando o outono quente na serra e áreas mais altas de SC e só começou, de fato, na segunda quinzena de abril, ainda assim quente, na única onda de calor em partes de SC foi no outono, agora em fins de abril.
Abril teve poucos períodos de frio, no geral foi quente e seco, sendo bem seco em diversas áreas de SC no centro, meio oeste e pontos do vale do Itajaí. Ainda temos o domínio a La-Nina no pacífico, tende a ficar neutro em meados de maio ou junho. Apesar de neutro em parte do período o efeito continuará sendo típico de La-Nina durante boa parte ou todo o inverno. Mantém a alternância de períodos de chuva mais intensa durante poucos dias a 2/3 semanas intercalado com muitos dias, até semanas, de pouca chuva a nenhuma chuva (estiagem) isto tanto no sentido do tempo como espaço. Neste período as frentes frias e linhas de instabilidade predominarão.
Atuação mais forte de baixas pressões (ciclones extratropicais) no Sul do Brasil gerando alguns intervalos de tempo mais severo e ressacas mais fortes, eventualmente algum episódio de neve (mais entre maio a agosto, sendo o período mais favorável, estatisticamente falando, de 8 a 23 de julho no topo da serra). Possível entrada de 1 a 3 massas de ar polar com intensidade bem mais forte que o normal entre o fim do outono (meados de maio), inverno e começo da primavera (setembro), possivelmente 2/3 intensas (normal a um pouco mais que o normal e por mais dias, 7 ou mais de frio intenso) neste ano e intervalos curtos, 3/7 dias, de calor mais forte a intenso ao longo do inverno.
Chance de um período mais prolongado (acima de 10/15 dias) de calor intenso (tardes bem quentes e madrugada amenas a quentes) que o habitual durante o inverno (que tende a ser muito alternado entre calor/frio, inverno), em geral estes períodos são mais comuns em agosto ou setembro, indefinido neste ano.
Num resumo; fim do outono/inverno com tendência a ser bem “atravessado (alternância de fortes ondas de frio, períodos de calor forte por alguns dias, inverno bem irregular, ora frio, ora calor mais acentuados que o padrão), chuva bem irregular (ora muita chuva e ora períodos longos de pouca chuva).
Climatologia do Inverno Clima até meados de setembro
Médias; entre 17/9°C na maior parte do Estado, nos pontos mais quentes entre 18/16°C e nas áreas mais frias 10/7°C. Oeste; entre 15 a 10°C de média; Meio Oeste e Centro/SC; entre 14 a 9°C de média; Região de Lages ao topo da Serra; entre 12 a 7°C de média; Litoral sul; entre 16 a 12°C de média; Litoral norte; entre 19 a 15°C de média; Médio/alto vale do Itajaí; entre 15 a 11°C de média; Baixo vale do Itajaí; entre 18 a 14°C de média; Planalto norte; entre 14/10°C de média; Grande Fpolis/serra; entre 15 a 11°C de média; Grande Florianópolis/nível do mar; entre 17 a 14°C de média; Florianópolis; entre 18 a 16°C de média
La-nina
Ainda teremos influência da La-nina no começo do inverno (meados de maio) e passando a neutro ao longo do inverno com efeitos de La-Nina na safra de inverno, mantém as condições de chuva bem irregular durante o fim do outono e inverno de 2018, neste período (maio a setembro de 2018), intervalos de chuva mais intensa e constante, até intensa, por uma a três semanas, dificilmente passando disto, a intervalos mais longos, por várias semanas, de pouca a nenhuma chuva em diversas áreas de SC (estiagens). Este quadro atrapalha nas pastagens de inverno e nas culturas de inverno (maior necessidade de irrigação), menos o trigo, cevada e aveia que será favorável neste período.
As madrugadas serão mais frias que o normal em boa parte da estação e algumas muito frias trazendo o risco de geada mais danosa para áreas mais quentes do Estado, trazendo risco para culturas tropicais, pastagens tropicais e plantas ornamentais/tropicais. Risco de perdas devido ao frio e geada no plantio tardio de feijão, milho e soja do oeste nos planaltos.
Ótimo para agricultura e turismo
Ótimo clima para os cereais de inverno. Para as fruteiras de clima temperado o inverno irregular poderá prejudicar a qualidade do frio além do risco de geada e brotação fora de época. O Friiiiio da região também é ótimo para o turismo, especialmente no topo das serras paranaense, catarinense e gaúcha, onde haverá maior número de geadas que o normal e, quem sabe, até mais dias com neve, a mais esperada pelos turistas.
Artur Hugen, com Climaterra/Epagri e meteorologistas de plantão/Fotos: Mychell Hudyson
19 de Novembro, 2024 às 23:56