O embargo russo à carne suína brasileira e os prejuízos econômicos e sociais desta medida foram abordados pela senadora Ana Amélia (Progressistas-RS) durante a sabatina do embaixador brasileiro indicado para atuar na Rússia, Tovar da Silva Nunes, nesta semana, na Comissão de Relações Exteriores do Senado. O embaixador garantiu que a reversão dessa medida é “prioridade máxima. ”
Ao fazer seus questionamentos durante a sabatina ao embaixador, Ana Amélia destacou que a medida tem provocado enorme dificuldades para o setor e destacou os problemas vividos pelos produtores no Rio Grande do Sul, segundo maior Estado exportador do produto.
Desde janeiro, as exportações têm caído de forma gradativa. Com oito toneladas exportadas, o resultado de abril foi mais de 40% menor que o registrado no mesmo período de 2017, quando foram exportadas 14 toneladas. Os dados são da a Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs).
A entidade estima que desde o começo do ano o faturamento com a venda de carne de porco caiu 80% em comparação com o ano passado, porque a Rússia, responsável pelo embargo, é a principal compradora do produto brasileiro.
O embaixador informou que o embargo ocorreu em função da detecção na carne exportada da substâncias como ractopamina, “chamada erroneamente de hormônio de crescimento”, substância, porém, a qual não há nenhum aprova de que cause qualquer dano à saúde humana. Tovar da Silva Nunes disse à senadora que há um diálogo em andamento com os russos, envolvendo o Ministério da Agricultura e outros órgãos relacionados aos dois países para que a situação, considerada por ele como “prioridade máxima”, possa ser resolvida.
A indicação do embaixador Tovar da Silva Nunes para atuar na Rússia e no Uzbequistão foi aprovada na reunião da CRE e será votada ainda no Plenário do Senado.
Artur Hugen, com AI/Gabinete/Foto: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56