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Quando Luiz Henrique assumiu a prefeitura de Joinville pela segunda vez, em 1997, não só a cidade, mas também o estado, não passavam de uma província diante do mundo

Quando Luiz Henrique assumiu a prefeitura de Joinville pela segunda vez, em 1997, não só a cidade, mas também o estado, não passavam de uma província diante do mundo.

Visionário e cosmopolita, enxergou em sua cidade o futuro catarinense pela internacionalização da economia, a atração de empresas e talentos multinacionais, a abertura de portos e aeroportos, a duplicação das estradas federais, um plano de turismo para um território vocacionado para o setor, e a implantação de uma política de incentivos à exportação e à importação que nos distinguisse dos demais estados.

Para resumir os resultados dessa estratégia, basta dizer que em 1997 nós exportamos o equivalente a 2,8 bilhões de dólares e importamos 1,4 bilhão.

Só nos quatro primeiros meses deste ano, segundo a Fiesc, foram 2,7 bilhões de dólares em exportações e 4,9 bilhões em importações. Assim, temos tudo para bater, em 2018, nossos recordes de exportação (9 bilhões de dólares em 2011) e de importação (16 bilhões em 2014).

Vinte anos depois, Joinville é uma realidade internacional. De acordo estimativas da Associação Empresarial (Acij), um terço das médias e grandes empresas já são multinacionais e dos 5 mil colaboradores das 140 empresas instaladas no Perini Business Park, o maior condomínio multisetorial do Brasil, são estrangeiros – e vários líderes mundiais de mercado estão ali instalados.

O resultado é excepcional: gera 20% das riquezas de Joinville e 2% do PIB catarinense. A proximidade de 6 portos entre 45 e 220 quilômetros, 4 aeroportos, da malha ferroviária, a BR-101 à porta, a vizinhança com duas universidades – Udesc e Univille – e um campus de engenharia da UFSC, fazem do condomínio, da cidade e da região um hub internacional estratégico.

Neste cenário, encontramos empresas como a Embraco (compressores), uma das maiores exportadoras do país. A Tigre é uma das empresas brasileiras mais internacionalizadas do Brasil, segundo a Fundação Dom Cabral, com 12 unidades no exterior. Nesta lista também estão a Whirlpool, KaVo, GM e muitas outras, como a FGM, que exporta produtos odontológicos para 50 países.

Isso sem contar que diretores, executivos e técnicos das dezenas de multinacionais do corredor industrial da BR-101 Norte – como por exemplo da BMW, de Araquari, da Cebrace, de Barra Velha, da Takata, de Piçarras – estão morando em Joinville e, por isso, a cidade tem hoje escolas internacionais.

Esse contingente todo tem quase como rotina viagens ao exterior para feiras e reuniões de negócios. A cereja do bolo é o fato de Joinville ter a única escola do Balé Bolshoi fora da Rússia.

Foi Joinville que soube melhor aproveitar dessa abertura para o mundo – e continua a nos ensinar uma lição que serve a todas as regiões, cada uma com sua vocação, com seus problemas e soluções.

Artigo por Vinicius Lummertz