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Agroindústrias catarinenses pedem ao governo federal subsídio para frete do milho

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governador Eduardo Pinho Moreira e representantes do setor produtivo levarão as pautas até o Governo Federal e cobrarão mais agilidade na solução do problema

Agronegócio catarinense quer apoio do Governo Federal para importação de milho. Santa Catarina está entre os maiores produtores nacionais de suínos, aves e leite e o grão é fundamental para manter a competitividade das agroindústrias instaladas no Estado.

Entre as demandas mais urgentes estão a falta de um subsídio do Governo Federal ao frete do milho e as melhorias necessárias na aduana de Dionísio Cerqueira. O governador Eduardo Pinho Moreira e representantes do setor produtivo levarão as pautas até o Governo Federal e cobrarão mais agilidade na solução do problema.

“Essa é uma luta que eu vou levar a Brasília. Hoje, 70% dos custos de produção de suínos e aves em Santa Catarina são formados a partir do preço do milho e do farelo de soja. O abastecimento de grãos é fundamental para manter a competitividade do produto catarinense”, ressalta o governador.

Com uma produção que gira em torno de três milhões de toneladas de milho por ano e um consumo de sete milhões de toneladas para alimentação de suínos e aves, Santa Catarina é o maior importador nacional do grão. E boa parte desse milho vem de caminhão do Centro-Oeste, com distâncias que chegam a dois mil quilômetros. “Os investimentos do Governo Federal foram feitos para exportar grãos e não para abastecer as agroindústrias. A produção de grãos está no Centro-Oeste e a produção de carnes está no Sul, aqui está a necessidade de subvenção ao frete”, afirma o presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), José Antonio Ribas Júnior.

Rota do Milho

Santa Catarina está prestes a inaugurar a Rota do Milho, que viabiliza o transporte de grãos do Paraguai até Dionísio Cerqueira – em um trajeto mais curto e mais barato para suprir a demanda do Estado. Porém, segundo o setor produtivo, para que a Rota se torne uma opção viável são necessárias melhorias na estrutura da aduana de Dionísio Cerqueira, principalmente a disponibilidade de mais funcionários da Receita Federal e do Ministério da Agricultura para o trabalho aduaneiro e fitossanitário.

Com a implantação da Rota do Milho, os caminhões carregados sairão do Paraguai, passando pela Argentina, até chegar a Santa Catarina pela aduana de Dionísio Cerqueira. As estimativas são de que o movimento de caminhões na aduana chegue a 150 caminhões por dia.

Segundo o secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, a subvenção ao frete e a Rota do Milho serão dois passos importantes para aumentar a competitividade do agronegócio catarinense. “O transporte rodoviário encarece a produção catarinense e a alternativa é buscar milho de fontes mais próximas, como no caso do Paraguai. Nós estamos abrindo a Rota do Milho e vamos depender muito da agilidade da aduana de Dionísio Cerqueira”, destaca.

Artur Hugen, com Secom/GSC/ Foto arquivo: Julio Cavalheiro / Secom