Para a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), a controvérsia jurídica sobre a soltura do ex-presidente Lula demonstra que o país vive uma “instabilidade institucional nunca vista” e que os Poderes da República perderam sua autoridade.
Gleisi criticou nesta terça-feira (10) o juiz Sergio Moro, que, em sua opinião, agiu como “militante político” ao mandar a Polícia Federal descumprir a ordem para que Lula fosse solto, e insinuou que houve um “conluio” entre a polícia e os magistrados de modo a não deixar que Lula saísse da prisão.
— Sergio Moro não tinha autoridade de mandar parar o cumprimento de uma decisão judicial de segunda instância. Estava bebendo vinho e comendo bacalhau lá em Portugal. Foi acionado por um agente da Polícia Federal, por um delegado de plantão, que tem que responder pelo que fez, que não cumpriu decisão judicial. Liga de Portugal, depois de tomar o seu vinho, dando ordens à Polícia Federal de Curitiba. Quem é que ele pensa que é?
A senadora afirmou que Lula representa a “esperança do povo brasileiro” contra os “grandes da sociedade”, acrescentando que o ex-presidente teria sido condenado sem provas com a finalidade de não poder disputar as eleições. Ela desafiou os responsáveis pelo impeachment de Dilma Rousseff a apresentar um candidato capaz de enfrentar Lula nas urnas.
Artur Hugen, com Agência Senado/Foto: Jefferson Rudy/AS
02 de Dezembro, 2024 às 21:15