13 são postulantes à presidência da República, 348 a senador. Um total de 8.142 concorrem a deputado federal e 18.027 a estadual ou distrital. Buscam a uma fatia dos 147.3 milhões de eleitores em todo o Brasil. Desse total, apenas 31,6% são mulheres e 41% se declaram como pretos ou pardos. Além disso, o TSE registra 38 indígenas candidatos a deputado federal. Todos os 35 partidos registrados no TSE, receberão recursos do Fundo Eleitoral.
Serão 13 candidatos a presidente da República, dos quais dois são deputados federais atualmente: Cabo Daciolo (Patri-RJ) e Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Completam a lista: Álvaro Dias, do Podemos; Ciro Gomes, do PDT; Geraldo Alckmin, do PSDB; Guilherme Boulos, do Psol; Henrique Meirelles, do MDB; João Amoedo, do Novo; João Goulart Filho, do PPL; José Maria Eymael, da Democracia Cristã; Marina Silva, da Rede; Vera Salgado, do PSTU.
O PT registrou Luiz Inácio Lula da Silva como candidato a presidente e Fernando Haddad como vice, mas o Movimento Brasil Livre e a Procuradoria Geral da República já apresentaram os primeiros questionamentos ao TSE com o argumento de que Lula, atualmente preso e condenado em segunda instância, não pode ser candidato.
Impugnações
Eventuais impugnações de candidatura serão analisadas pelo TSE até 17 de setembro. "A Justiça Eleitoral vai fazer a análise de um a um para verificar se os candidatos preenchem as chamadas condições de elegibilidade e se nenhum desses candidatos incide em alguma inelegibilidade, aquilo que tornaria o candidato ficha limpa ou ficha suja", explica o secretário judiciário do TSE, Fernando Alencastro.
Eleição 2018 para o Senado Federal
Dos 54 senadores em fim de mandato, 33, que equivale a 61% do total, tentarão se reeleger em 2018. utros 9 não concorrerão a nada. Ainda há 3 candidatos aos governos estaduais, 1 a vice-governador, 1 a suplente de senador e 1 a vice-presidente. São 6 os senadores que desistiram de tentar reeleição para buscar uma vaga na Câmara.
O medo de perder o foro privilegiado em meio a investigações e suplentes sem garantia de votos suficientes são os motivos mais comuns para isso. Dos 27 no meio do mandato e continuarão senadores caso fracassem nas urnas em outubro, 16 tentarão ser governadores. Alvaro Dias concorrerá à Presidência e Kátia Abreu é candidata a vice-presidente na chapa de Ciro. Os partidos podem trocar os candidatos até 17 de setembro.
Nome - Sigla - UF - Cargo
Airton Sandoval MDB SP Nenhum
Ana Amélia PP RS Vice-presidente
Antonio Carlos Valadares PSB SE Reeleição
Armando Monteiro PTB PE Governador
Ataídes Oliveira PSDB TO Reeleição
Aécio Neves PSDB MG Dep. federal
Benedito de Lira PP AL Reeleição
Cidinho Santos PR MT Nenhum
Ciro Nogueira PP PI Reeleição
Cristovam Buarque PPS DF Reeleição
Cássio Cunha Lima PSDB PB Reeleição
Dalirio Beber PSDB SC Nenhum
Edison Lobão MDB MA Reeleição
Eduardo Amorim PSDB SE Governador
Eduardo Braga MDB AM Reeleição
Eduardo Lopes PRB RJ Reeleição
Eunício Oliveira MDB CE Reeleição
Flexa Ribeiro PSDB PA Reeleição
Garibaldi Alves Filho MDB RN Reeleição
Gleisi Hoffmann PT PR Dep. federal
Humberto Costa PT PE Reeleição
Hélio José Pros DF Dep. federal
Ivo Cassol PP RO Suplente de senador
Jader Barbalho MDB PA Reeleição
Jorge Viana PT AC Reeleição
José Agripino DEM RN Dep. federal
José Medeiros Pode MT Dep. federal
José Pimentel PT CE Nenhum
João Alberto Souza MDB MA Nenhum
João Capiberibe PSB AP Governador
Lindbergh Farias PT RJ Reeleição
Lídice da Mata PSB BA Dep. federal
Lúcia Vânia PSB GO Reeleição
Magno Malta PR ES Reeleição
Marta Suplicy MDB SP Nenhum
Paulo Bauer PSDB SC Reeleição
Paulo Paim PT RS Reeleição
Pedro Chaves PRB MS Reeleição
Raimundo Lira PSD PB Nenhum
Randolfe Rodrigues Rede AP Reeleição
Regina Sousa PT PI Vice-governador
Renan Calheiros MDB AL Reeleição
Ricardo Ferraço PSDB ES Reeleição
Roberto Muniz PP BA Nenhum
Roberto Requião MDB PR Reeleição
Romero Jucá MDB RR Reeleição
Sérgio Petecão PSD AC Reeleição
Valdir Raupp MDB RO Reeleição
Vanessa Grazziotin PC do B AM Reeleição
Vicentinho Alves PR TO Reeleição
Waldemir Moka MDB MS Reeleição
Wilder Morais DEM GO Reeleição
Zeze Perrella MDB MG Nenhum
Ângela Portela PDT RR Reeleição
Senadores em meio de mandato
NOME SIGLA UF CARGO
Acir Gurgacz PDT RO Governador
Alvaro Dias Pode PR Presidente
Antonio Anastasia PSDB MG Governador
Davi Alcolumbre DEM AP Governador
Dário Berger MDB SC Nenhum
Elmano Férrer Pode PI Governador
Fernando Bezerra Coelho MDB PE Nenhum
Fernando Collor PTC AL Governador
Fátima Bezerra PT RN Governador
Gladson Cameli PP AC Governador
José Maranhão MDB PB Governador
José Serra PSDB SP Nenhum
Kátia Abreu PDT TO Vice-presidente
Lasier Martins PSD RS Nenhum
Maria do Carmo Alves DEM SE Nenhum
Omar Aziz PSD AM Governador
Otto Alencar PSD BA Nenhum
Paulo Rocha PT PA Governo
Reguffe Nenhuma DF Nenhum
Roberto Rocha PSDB MA Governador
Romário Pode RJ Governador
Ronaldo Caiado DEM GO Governador
Rose de Freitas Pode ES Governador
Simone Tebet MDB MS Nenhum
Tasso Jereissati PSDB CE Nenhum
Telmário Mota PDT RR Governador
Wellington Fagundes PR MT Governador
Sobre o eleitorado brasileiro
Gênero e nome social
Segundo dados do Cadastro Eleitoral, a maior parte do eleitorado brasileiro pertence ao gênero feminino. Ao todo, são 77.337.918 eleitoras, o que representa 52,5% do total. Já o gênero masculino reúne 69.901.035 cidadãos, representando 47,5% do eleitorado.
Pela primeira vez, eleitores transexuais e travestis terão seu nome social impresso no título de eleitor e no caderno de votação das Eleições 2018. Nome social é aquele que designa o nome pelo qual transexuais ou travestis são socialmente reconhecidos. A possibilidade da autoidentificação foi aprovada pelo Plenário do TSE no dia 1º de março deste ano.
Ao todo, 6.280 pessoas fizeram essa escolha ao se registrarem ou atualizarem seus dados na Justiça Eleitoral. Foram feitos 1.805 pedidos em São Paulo, 647 em Minas Gerais e 426 no Rio de Janeiro – maiores colégios eleitorais do país. No exterior, cinco eleitores brasileiros também optaram por usar o nome social.
Faixa etária
De acordo com as estatísticas da Justiça Eleitoral, a faixa etária com o maior quantitativo de eleitores é a que reúne cidadãos entre 45 e 59 anos de idade. Eles somam 35.742.439 brasileiros, o que corresponde a 24,26% do eleitorado nacional. Em seguida, estão os eleitores de 25 a 34 anos, que reúnem 31.149.869 pessoas – 21,15 % do total de eleitores.
Voto facultativo
Os jovens de 16 e 17 anos representam 0,95% do eleitorado em 2018, num total de 1.400.617 pessoas. Esse número refere-se ao quantitativo de eleitores que, em 7 de outubro, quando ocorre o primeiro turno das Eleições Gerais 2018, ainda estarão nessa faixa etária, e, portanto, poderão exercer seu direito facultativo ao voto. Os dados apontam uma redução de 14,53% no número de jovens eleitores, uma vez que, em 2014, foram registrados 1.638.751 eleitores nessa faixa etária.
Já os eleitores acima de 70 anos, que também têm voto facultativo, são mais numerosos que há quatro anos. Em 2018, 12.028.495 eleitores nessa idade podem exercer o direito de escolher seus representantes – um aumento de 11,12% em comparação às eleições de 2014, quando 10.824.810 eleitores idosos podiam votar.
Biometria
O número de cidadãos que serão identificados por biometria também cresceu nestas eleições. Em 2018, eles somam 73.688.208 eleitores (50,03% do total). Em 2014, o quantitativo de eleitores com identificação digital em municípios com reconhecimento biométrico totalizava 21.677.955 pessoas, o que correspondia a 15,18% do eleitorado. O crescimento, de uma eleição geral a outra, foi de 239,92%.
A evolução é resultado de ações da Justiça Eleitoral para identificar 100% dos eleitores por meio da impressão digital até 2022. A medida visa prevenir fraudes e tornar as eleições brasileiras ainda mais seguras, impedindo que um eleitor tente se passar por outro no momento do voto.
Maior colégio eleitoral
Estado com a maior população do país, São Paulo continua a ser o maior colégio eleitoral brasileiro, com 33.040.411 eleitores.
O segundo maior eleitorado está em Minas Gerais, que soma 15.700.966 votantes, seguido pelo Rio de Janeiro, com 12.406.394 cidadãos aptos a participar do pleito este ano.
O município brasileiro com maior número de eleitores é São Paulo, que reúne 9.052.724 cidadãos em condições de votar. O município com menor número de eleitores é Serra da Saudade (MG), que tem 941 registrados.
Grau de instrução
Dados referentes ao nível de instrução mostram que a maior parte do eleitorado com registro na Justiça Eleitoral possui ensino fundamental incompleto. São 38.063.892 eleitores que declararam ter essa escolaridade. Outros 33.676.853 eleitores afirmaram ter concluído, pelo menos, o ensino médio. Já os eleitores com ensino superior somam 13.576.117 cidadãos, segundo a base de dados do Cadastro Eleitoral.
Essas estatísticas, no entanto, precisam ser vistas com relatividade, uma vez que a informação reflete a escolaridade declarada pelo cidadão no momento do registro eleitoral ou da atualização de seus dados cadastrais.
Estado Civil
As estatísticas também revelam que 59,6% dos eleitores estavam solteiros no momento do registro/atualização do cadastro eleitoral, num total de 87.760.258 votantes. Já 33,5% se declararam casados, somando 49.306.368 no total.
Eleitores com deficiência
Ao todo, 940.613 eleitores declararam ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida. São cidadãos que comumente precisam de atendimento especial no dia da votação e podem votar em seções adaptadas pela Justiça Eleitoral. O prazo para solicitar transferência para uma seção com acesso facilitado termina no dia 23 de agosto.
As eleições ocorrerão em outubro, mas desde janeiro deste ano já começaram a valer regras sobre as condutas vedadas aos agentes públicos – sejam eles candidatos ou não. Entre essas condutas proibidas pela lei está a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proíbe certas condutas para evitar práticas indevidas e impedir o uso da máquina pública em favor de alguma candidatura. No início do ano, a Advocacia-Geral da União (AGU), órgão do Poder Executivo, publicou cartilha com princípios básicos para nortear as condutas dos agentes públicos até a eleição.
Segundo a cartilha, são agentes públicos os agentes políticos (presidente, governadores, deputados etc.); servidores públicos efetivos e comissionados; empregados de órgãos públicos sujeitos ao regime celetista ou estatutário; prestadores de serviço para a atividade pública; estagiários em empresas públicas; terceirizados, gestores e permissionários de serviço público.
Da Redação, com Edição de Artur Hugen
19 de Novembro, 2024 às 23:56