Nesta sexta-feira (24), ministro reuniu-se com representantes do Sweedish Institute, Visit Sweeden, Ministério de Indústria e Inovação da Suécia e operadores de viagens no país.
O ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, pediu o apoio do governo sueco para aumentar o fluxo de turistas entre os dois países e atrair investidores. O foco são os destinos de natureza, que estão em primeiro lugar na preferência dos viajantes dos países nórdicos.
“Somos o número um no mundo em atrativos naturais e precisamos aproveitar melhor esse nosso diferencial para atrair investimentos e gerar emprego”, comentou o ministro do Turismo do Brasil, Vinicius Lummertz. De acordo com o Relatório de Competitividade do Turismo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), entre todos os 136 países analisados, o Brasil é o primeiro no quesito natureza.
O ministro do Turismo informou à ministra de Indústria e Inovação, Stina Billinger, a quem os assuntos referentes ao turismo da Suécia estão relacionados, que o Brasil, por meio do Ministério do Meio Ambiente e ICMBio, vai abrir concessões em alguns dos principais parques nacionais do país. “Seria bom contar com empresas suecas participando desse processo. Queremos que os principais atores mundiais nos ajudem a gerir de maneira sustentável esse importante patrimônio da humanidade”, comentou Lummertz.
Os parques nacionais do Pau Brasil, na Bahia, e Chapada dos Veadeiros, em Goiás, serão os próximos a terem serviços como de bilheteria e alimentação concedidos para a iniciativa privada. Atualmente, o Brasil recebe 10,7 milhões de visitantes nas unidades de conservação. Mais da metade desse total são registrados nos parques que já contam com algum tipo de concessão, como os de Foz do Iguaçu (PR), Fernando de Noronha (PE) e Tijuca (RJ). Os Estados Unidos, que estão em terceiro lugar em atrativos naturais no ranking de competitividade do WEF, recebem mais de 300 milhões de pessoas nos seus parques nacionais anualmente.
Pesquisa realizada pela revista sueca especializada em turismo Vagabond sobre o que os suecos buscam nas viagens revela que 16% deles querem “calma e tranquilidade para relaxar” e 10%, “se desligar”. O Brasil, que já chegou a ter 42 mil turistas suecos em 2014, registrou a entrada de 23 mil viajantes desse país no último ano, uma queda de 45,3% em três anos.
Atualmente, o gasto dos turistas dos países escandinavos é o quinto maior do mundo, com 42,8 bilhões de euros, atrás apenas da China (228,1 bi de euros), EUA (119,7 bi de euros), Alemanha (74,1 bi de euros) e Reino Unido (56,1 bi de euros). Para tentar reverter esse quadro, o chefe da Assessoria de Gestão Estratégica da Embratur, Rafael Felismino, apresentou destinos de natureza do Brasil para operadores de viagens da Suécia. Enquanto o turista internacional que visita o Brasil gasta, em média, US$ 55,78 por dia, o sueco deixa US$ 170 por dia nos destinos internacionais.
Além das reuniões com a ministra de Indústria e Inovação, Stina Billinger, e com operadores de viagens, a delegação brasileira na Suécia encontrou-se também com o chefe do Departamento de Diálogo Intercultural do Sweedish, Henrik Selin, e com a presidente da Visit Sweeden, Ewa Lagerqvist. Na pauta, o modelo de gestão dos órgãos especializados em promover os destinos suecos para o mundo.
Para o ministro do Turismo brasileiro, há um enorme potencial a ser trabalhado para aumentar o fluxo turístico de turistas suecos no Brasil. “Enquanto recebemos pouco mais de 20 mil turistas suecos por ano, a Tailândia, que está a mais ou menos a mesma distância, recebe mais de 200 mil”, comparou. Ele destacou que já há uma relação comercial intensa entre os dois países, o que favorece a atração de viajantes. Cinco das maiores empresas do país escandinavo estão no Brasil: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux e Saaby.
Artur Hugen, com Vanessa Sampaio/Mtur/Foto: Bento Viana
MTur prepara novo Mapa do Turismo Brasileiro
Regras para atualização do mapa em 2019 estão sendo discutidas em parceria com os técnicos do Programa de Regionalização do Turismo do MTur e os Estados. Encontro contou com a participação de representantes das cinco macrorregiões brasileiras, em Brasília.
Técnicos do Programa de Regionalização do Turismo e representantes do PRT das cinco macrorregiões brasileiras encerraram nesta semana, em Brasília, uma série de reuniões para discussão das novas regras de inclusão/exclusão dos municípios considerados de interesse turístico no Mapa do Turismo Brasileiro. A próxima atualização do mapa será válida até 2021.
Entre as novas exigências obrigatórias para inclusão de um município no Mapa do Turismo Brasileiro estão a comprovação de um conselho municipal de turismo em funcionamento e de um órgão gestor do turismo local com orçamento próprio. O município também deverá participar de uma instância governamental formada por gestores públicos e privados dos municípios que integram a região turística na qual está inserido. Além disso, será preciso comprovar a inscrição de empreendimentos locais ou prestadores de serviços turísticos no Cadastur do Ministério do Turismo.
“Com essas mudanças, nós vamos trabalhar no avanço das políticas públicas, em parceria com os estados, com foco na qualidade dos destinos e na melhoria dos serviços prestados aos turistas”, disse Ana Carla Fernandes Moura, Coordenadora-Geral de Mapeamento e Gestão Territorial do Turismo do MTur, que defendeu o trabalho de forma integrada com a participação do grupo macrorregional como impulso às ações e projetos desenvolvidos pelo PRT. Os detalhes para atualização do mapa serão apresentados na 30ª Reunião Nacional de Interlocutores do PRT, prevista para novembro deste ano, em Brasília.
Para Luciano Guimarães, técnico da Goiás Turismo, que representou os três estados do Centro-Oeste e o Distrito Federal, a construção cooperada do novo mapa vai dar mais qualidade ao turismo regional. “São critérios elaborados de forma coletiva que melhoram o turismo na ponta, onde o turista é atendido. Não queremos quantidade”, destacou. O atual Mapa do Turismo Brasileiro conta com 3.285 municípios.
Outro reflexo da atualização do mapa se dará na categorização dos municípios turísticos, que vai de “A” a “E”. Essa classificação é um instrumento de acompanhamento do desempenho das economias turísticas municipais. “Com esses critérios, fortalecemos a presença de destinos bem estruturados e capazes de induzir a expansão regional do setor”, ressaltou Rogério Coser, diretor do Departamento de Ordenamento do Turismo do MTur.
Na reunião, as macrorregiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul, Norte e Sudeste foram representadas por interlocutores dos estados da PB, GO, PR, PA e MG, respectivamente. Eles são responsáveis pelo repasse das informações aos demais interlocutores estaduais.
O Mapa
Instrumento de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do turismo regional, o Mapa do Turismo subsidia a priorização de investimentos por programas do Ministério do Turismo, incluindo ações de infraestrutura turística, qualificação profissional e promoção dos destinos, observando características peculiares de demanda e vocação turística de cada município.
Artur Hugen, com com Geraldo Gurgel/MTur/Foto: Divulgação
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Embratur e MTur articulam voos de baixo custo para o Brasil
Representantes das entidades se reúnem com diretora da Norwegian, empresa low cost, para incentivar operação de trechos internos
Um dos grandes desafios brasileiros para aumentar a chegada de turistas estrangeiros é o crescimento de voos em direção ao País. E, além disso, voos de baixo custo, tanto para os passageiros quanto para as empresas aéreas.
Representantes da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e do Ministério do Turismo se reuniram, nesta semana, em Estocolmo, na Suécia, com a diretora de Comunicação e Relações Públicas da Norwegian, Charlotte Holmbergh Jacobsson, para debater a possibilidade de operação de novos voos. Recentemente, a empresa aérea low cost da região da Escandinávia foi autorizada pela Anac (Agencia Nacional de Aviação Civil) a operar no Brasil.
“A representante da Norwegian ficou encantada com o Brasil e com o estado do Ceará, que esteve conosco nesta missão. Eles enxergaram diversas possibilidades com base no que o secretário de turismo do estado, Arialdo Pinho, apresentou durante a reunião”, afirma Rafael Felismino, assessor de Gestão Estratégica da Embratur, presente no encontro. “Dentro de um mês organizaremos uma visita técnica da companhia ao Ceará, para iniciar as tratativas”, completou Felismino.
A empresa estuda voar para São Paulo ou Rio de Janeiro. Mas, agora, o Ceará também faz parte da lista de opções da companhia escandinava.
Durante o mês de julho de 2018, os números de voos e assentos da malha aérea internacional para o Brasil aumentaram. Em comparação ao mesmo período do ano passado, ao todo, houve um crescimento de 11,24% na oferta mensal de voos diretos (4.942 para 5.611 frequências mensais) e, também, nos assentos (11,41%), passando de 1.153.194 para 1.256.235.
Na América do Norte, o aumento de voos diretos foi de 8,25% e, nos assentos, de 10,97%. No continente Europeu, o crescimento do número de voos foi de 5,77% e, de assentos, 10,7%. No continente asiático, em relação a julho de 2017, houve aumento apenas nos assentos, já que não ocorreu alteração nas frequências, totalizando 124 voos. Os assentos passaram de 45.043 para 45.787. Entretanto, ocorreram grandes acréscimos no continente africano: 13,53% no número de voos (que passou de 133 para 151) e 12,09% nos assentos (passando de 32.940 para 36.921).
“A entrada das empresas com tarifas de baixo custo é fundamental para conseguirmos desenvolver o turismo num País de dimensões continentais sem tantas opções de locomoção como o Brasil”, comentou o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz. Na Europa, com um mercado altamente competitivo, as empresas de baixo custo chegam a comercializar passagens por menos de 30 euros.
19 de Novembro, 2024 às 23:56