O Plenário do Senado aprovou nesta semana um acordo internacional entre Brasil e México para o reconhecimento mútuo da cachaça e da tequila como indicações geográficas e produtos distintivos dos dois países.
O texto determina que toda bebida vendida no Brasil com o nome de tequila terá que ser de fabricação mexicana, assim como toda cachaça vendida no México terá que ser de fabricação brasileira, possibilitando a proteção da propriedade comercial das duas bebidas.
O acordo tem o apoio do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac) e do Conselho Regulador de Tequila (CRT), as duas instituições que representam no Brasil os produtores de cada bebida.
Ao justificar a iniciativa, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) enviou mensagem ao Congresso Nacional argumentando que o acordo tem “enorme valor simbólico para o Brasil e o México, uma vez que chancela o interesse comum dos dois países em salvaguardar a preservação da integridade e originalidade das duas bebidas nacionais”.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) foi a relatora da proposta na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado. Na ocasião, ela lembrou que a tequila já é protegida em 46 países. Por outro lado, o México será apenas a terceira nação a reconhecer a cachaça como um destilado exclusivo do Brasil, somando-se aos Estados Unidos e à Colômbia.
Artur Hugen, com Agência Senado/Fotos: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56