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A pedido do senador Dalirio, CAE debate violência contra mulheres em audiência pública

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O debate se deu por requerimento dos senadores Dalirio Beber (PSDB-SC)(foto), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Armando Monteiro (PTB-PE)

A Comissão de Assuntos Econômicos – CAE realizou audiência pública, na última semana, para discutir os reflexos da crise da segurança pública sobre as contas do país, principalmente no que diz respeito a violência contra a mulher.

A audiência foi a primeira de uma série que avalia as políticas públicas do Poder Executivo, fiscalizadas pela CAE. O debate se deu por requerimento dos senadores Dalirio Beber (PSDB-SC), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Armando Monteiro (PTB-PE).

A violência contra a mulher gera um prejuízo de pelo menos R$ 975 milhões por ano, concluiu um estudo apresentado pelo economista José Raimundo Carvalho, professor da Universidade Federal do Ceará.

Os dados expostos pelo economista levam em conta apenas o prejuízo provocado pelo chamado absenteísmo — as faltas ao trabalho por mulheres vítimas de violência. O economista analisou informações reunidas na Pesquisa de Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (PCSVDF Mulher).

Rota dos homicídios

Carvalho analisou ainda dados sobre homicídios nas regiões Norte e Nordeste. Ele chamou a atenção para os indicadores do Ceará. Entre 2005 e 2015, a taxa de assassinatos por 100 mil habitantes cresceu 126,39% no estado — a maior alta registrada no país.

O professor alerta para uma mudança no “padrão criminal” das duas regiões, provocada pelo narcotráfico. Ele destaca que criminosos usam afluentes do rio Solimões, na Região Norte, para internalizar drogas no Brasil e alguns estados do Nordeste para distribuir os entorpecentes para outros países.

Parcerias privadas

A audiência da CAE contou ainda com o economista Leandro Piquet, professor da Universidade de São Paulo (USP). Ele defendeu a formatação de parcerias privadas de interesse público para atuar na área da segurança.

Prioridade

Para o senador Dalirio, a definição de programações orçamentárias para o enfrentamento à violência contra a mulher, é urgente.  Como relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o senador propôs

a inclusão das ações de combate à violência contra a mulher, como  prioridades do governo em 2019.

Artur Hugen, com Letícia Schlindwein/Foto: Gerdan Wesley