Charly chamou Yuri que chamou Hana que chamou Alexandre que chamou Bárbara que formaram, com outros colegas, alguns anos atrás, o primeiro Coletivo de Jovens pelo Meio Ambiente de Macapá, capital do Amapá.
Bárbara, hoje com 24 anos, participava, ao lado de moças e rapazes de todo o Brasil, da abertura do Encontro Nacional de Formação de Coletivos Jovens pelo Meio Ambiente, ontem (10), em Brasília.
“É assim mesmo, como o poema de Carlos Drummond, um vai chamando o outro e, de repente, o grupo tá formado”, disse ela, ao falar sobre sua experiência na organização dos coletivos.
Os coletivos jovens existem desde 2003, quando foi realizada a I Conferência Nacional de Meio Ambiente, mas ganharam força, em junho, durante a V Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), promovida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Sumaré (SP).
O encontro de formação, que ocorre até quinta-feira (13), na sede da Agência Nacional de Águas, é um dos resultados da CNIJMA e tem o objetivo de consolidar uma rede nacional com 27 coletivos estaduais e 1 mil territoriais até 2020.
Os coletivos atuam como organizações voluntárias e autogestionadas. Dedicam-se, de acordo com a realidade de cada região, a ações de educação ambiental e mobilização social em defesa do meio ambiente.
Durante o curso de formação, que vai focar na questão da água, os participantes serão treinados para atuar como multiplicadores ou facilitadores, estimulando a criação de outros coletivos em suas cidades.
Nos quatro dias, os jovens receberão informações sobre os marcos referenciais de educação ambiental e sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma série de metas a serem atingidas pelos países integrantes da ONU até 2030 para melhorar a vida no planeta.
Eles participarão ainda de oficinas temáticas sobre elaboração de projetos na área ambiental, educomunicação, uso de mídias, cyber campanha e conceitos e ferramentas sobre atuação em rede.
“Esses jovens vão sair daqui e multiplicar os conhecimentos nos seus locais de moradia. Mais do que informações, eles vão ganhar uma causa para o resto de suas vidas, que é a causa da proteção do meio ambiente”, disse a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Rejane Pieratti.
O secretário de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiente, Jair Tannús Júnior, que também participou da solenidade de abertura, destacou que “o encontro contribui para as ações de recuperação e conservação das bacias hidrográficas e mudanças de atitudes e comportamentos em relação à água”.
A condução dos trabalhos está a cargo do Departamento de Educação Ambiental do MMA, da empresa LiveLab e dos próprios jovens. Além da ANA, o encontro conta com o apoio da Unesco e da Secretaria Nacional de Articulação Social da Presidência da República.
Artur Hugen, com Elmano Augusto/ Ascom MMA/Foto: Paulo de Araújo/MMA/Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56