O grito de socorro à preservação dos recursos naturais ganhará mais força ao longo da Semana da Árvore, com uma grade de eventos de 17 a 23 de setembro. O Dia da Árvore é comemorado em 21 de setembro.
Esta data foi escolhida por anteceder o início da primavera no Hemisfério Sul, que dependendo do ano pode ocorrer entre os dias 22 e 23 de setembro. No dia 21 de março é comemorado o Dia Internacional das Florestas e da Árvore, mas está associado à chegada da primavera no Hemisfério Norte.
Em Lages, promovida pela prefeitura, através da Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente e do Parque Natural Municipal João José Theodoro da Costa Neto (Parnamul), a Semana possuirá espetáculo teatral, celebração de primavera, atividades lúdicas, trilhas ecológicas, plantio de árvores, atividades escotistas e educação ambiental, com a seguinte agenda neste mês de setembro:
De 17 a 20 - Atividades de educação ambiental no Parque Natural, com o Centro Acadêmico (C.A.) Chico Mendes da graduação de Engenharia Florestal do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), para público já direcionado com turma específica mediante agendamento prévio já estabelecido.
Dia 19, às 15h30min - Plantio de árvores nativas na praça do bairro São Paulo, com os alunos do Projeto Guarda Mirim do Parque Natural.
Dia 21 - Espetáculo teatral “O Pinheirinho Bacana”, com Arte Circula-Dô, para alunos da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Professor Eduardo Pedro Amaral, bairro São Francisco.
Dia 22, às 14h - Trilha Ecológica com a Pastoral Ecológica da Paróquia São Judas Tadeu no Parque Natural.
Dia 23, às 10h - Celebração da Primavera da Paróquia Sagrada Família no Parque
Dia 23, às 13h30min - Lançamento das atividades do Grupo de Escoteiros Guardiões do Parque, no Parque.
Em caso de chuva, as atividades roteirizadas para acontecerem dentro do Parque ao ar livre serão transferidas para a sala de educação ambiental. O evento tem o apoio da Secretaria Municipal da Educação, Grupo de Escoteiros Guardiões do Parque, Paróquia Sagrada Família, Instituto José Paschoal Baggio (IJPB), Pastoral Ecológica São Judas Tadeu e Arte Circula-Dô. “Este ano, como estamos com o Parque ativo, resolvemos fazer uma série de atividades dentro do próprio Parque, como forma de divulgar a Unidade de Conservação, e principalmente, que as crianças conheçam as espécies da flora da Mata Atlântica, aqui da nossa Floresta de Araucárias, na qual está inserido o bracatingal. Nós sempre fazíamos plantio de árvores nas avenidas e praças, além de palestras nas escolas, desta vez inovamos”, frisa a bióloga da Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente, Michelle Pelozato, ao ressaltar, ainda, que os universitários de Engenharia Florestal irão abordar as características destas árvores, seu nome científico, estrutura, capacidade produtiva de frutos, com métodos de fácil compreensão, na linguagem acessível aos alunos das séries iniciais do ensino fundamental.
“O plantio simbólico de árvores frutíferas nativas da Mata Atlântica na praça do bairro São Paulo, bem perto do Parque Natural, será uma grande aposta no incentivo ao cultivo e respeito ao meio ambiente. Naquele local ainda não nenhuma árvore, por enquanto. Os 35 guardas mirins estarão lá realizando esta tarefa especial no dia 19, uma quarta-feira, normalmente dia da aula deles no período vespertino, com apoio do Horto das Flores, da Secretaria, que doará as mudas e irá preparar as covas para o plantio.” Embora haja um plantio representativo, o foco de 2018 será o cuidado com as árvores. “Notamos que milhares de mudas plantadas no ano passado em praças e canteiros públicos e por problemas de vandalismo grande quantidade foi arrancada. Um trabalho forte de sensibilização da população, com atenção às crianças, cuja missão de cuidar deve ser diária.”
Nos dias 22 e 23 (sábado e domingo) será a vez das famílias do entorno e demais bairros da cidade, participantes do roteiro, levando em consideração sua relevância na qualidade de vida dos seres humanos, manutenção da temperatura da cidade, tornando-a mais amena (diminuição da temperatura no verão) e deixar o ar mais puro, essencial à sobrevivência.
Na Trilha é possível visualizar em torno de 20 espécies de plantas já identificadas - araucária, imbuia, xaxim, ingá, guabiroba, araçá do mato, bracatinga, maria mole, canela lageana, pixirica e carne de vaca, e espécies da fauna que habitam no Parque Natural - papagaio de peito roxo, papagaio charão, sebinho peito camurça, negrinho da mata, bugio, gralha azul e variedade de serpentes.
Mudanças da floresta, araucárias centenárias, a cachoeira e pontos que necessitam de recuperação, as clareiras, onde há árvores mortas e onde há sufocamento, também são avistadas e passíveis de abordagens durante a passagem de estudantes. Nestes espaços deverá haver o enriquecimento destas áreas, com reinserção de plantas nativas.
Artur Hugen, com AI/Prefeitura/Fotos: Divulgação
02 de Dezembro, 2024 às 21:15