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Luiz Carlos Hauly diz que Dilma quebrou o Brasil; Ele anunciou nota do Banco Central que revela deficit recorde

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Banco Central revela grande deficit fiscal( Foto: divulgação)

(Brasília-DF, 15/12/2015)  O deputado Luiz Carlos Hauly(PSDB-PR) é um dos mais críticos deputados do PSDB quando se trata do Governo Dilma.  Especializado na questão fiscal, aproveitou essa terça-feira, 15 de dezembro, logo no início da sessão do Congresso Nacional destinada a votar o Orçamento de 2016 e o Plano Plurianual (PPA), anunciou ao plenário do Congresso Nacional o resultado fiscal dado a conhecer por nota técnia do Banco Central

“No resultado fiscal encerrado em 30 de novembro de 2015, está aqui na nota para imprensa do Banco Central do Brasil, no parágrafo quarto, o resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 29,4 bilhões em outubro. No ano, o déficit nominal totalizou R$ 446 bilhões, comparativamente a déficit de R$ 246 bilhões do ano anterior. Anualizado, o déficit público chegou à estratosfera de R$547 bilhões.”, disse, inicialmente.

Ele fez questão de contraditar o líder do Governo na Câmara, deputado José Guimarães, sobre como vai terminar o ano fiscal.  “O Líder do Governo fala em fechar o ano bem. É a tragédia do País, é o ano de maior déficit de todos os tempos, 9,5% do Produto Interno Bruto, de quase R$6 trilhões. Este Governo da Presidente Dilma Rousseff, do seu Partido, o PT, e dos seus aliados, gastou a mais do que arrecadou este ano R$442 bilhões, e, projetado em 12 meses, R$547 bilhões.”, destacou.

Paraná

Ele aproveitou e lembrou a realidade de seu Estado, o Paraná, e a sua cidade natal, Londrina.

A minha Londrina tem um orçamento este ano de mais ou menos R$1,5 bilhão. Imagine Londrina ter R$1,5 bilhão de orçamento com 550 mil habitantes. Mais de 330 vezes gastou Sua Excelência, a Presidente Dilma, a mais do que arrecadou. Eu não estou falando, isso aqui é só o déficit, além de ter arrecadado os seus vinte e tantos por cento do PIB, um trilhão e pouco, ela já gastou R$442 bilhões, e, projetando para dezembro, R$547 bilhões.”, salientou.

Impeachment

Ele aproveitou e falou de “aposentar” a Presidenta Dilma. Pregou o fim do governo e defendeu o impeachment.

“É chegada a hora de colocar um fim neste Governo tragicômico, que infelicita a Nação brasileira – 90% da população rejeita este Governo.

O que os Deputados e Senadores estão esperando para colocar a Dona Dilma em aposentadoria e para casa? Se ela renunciar hoje, podemos até resolver os direitos dela de ir para casa. Eu acho que ela nem precisa disso, mas a renúncia é possível. O impeachment é necessário para pôr o Brasil nos eixos.

É o que eu tenho a dizer, Sr. Presidente.”, finalizou.

 

Veja a íntegra da nota do BC ao qual se reporta Luiz Carlos Hauly:

 

 

Política Fiscal

NOTA PARA A IMPRENSA - 30.11.2015

Política Fiscal

 Ajuda

I - Resultados fiscais

Em outubro o setor público consolidado registrou deficit primário de R$11,5 bilhões. O Governo Central apresentou deficit primário de R$12,3 bilhões, enquanto os governos regionais e as empresas estatais apresentaram superavits primários de R$775 milhões e R$11 milhões, na mesma ordem.

O resultado primário acumulado no ano foi deficitário em R$20 bilhões, ante deficit de R$11,6 bilhões no mesmo período de 2014. No acumulado em doze meses, registrou-se deficit primário de R$40,9 bilhões (0,71% do PIB), comparativamente a deficit de R$25,7 bilhões (0,45% do PIB) em setembro.

Os juros nominais, apropriados por competência, totalizaram R$17,9 bilhões em outubro, comparativamente a R$70 bilhões em setembro. Contribuiu para essa redução o ganho de R$19 bilhões em operações de swap cambial no mês, ante perda de R$38,6 bilhões no mês anterior. No acumulado no ano, os juros nominais alcançaram R$426,2 bilhões, comparativamente a R$230,7 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em doze meses, os juros nominais atingiram R$506,9 bilhões (8,79% do PIB), reduzindo-se 0,11 p.p. do PIB em relação ao observado em setembro.

O resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$29,4 bilhões em outubro. No ano, o deficit nominal totalizou R$446,2 bilhões, comparativamente a deficit de R$242,2 bilhões no mesmo período de 2014. No acumulado em doze meses, o resultado nominal registrou deficit de R$547,9 bilhões (9,50% do PIB), elevando-se 0,16 p.p. do PIB em relação ao deficit registrado no mês anterior.

O deficit nominal de outubro foi financiado mediante expansões de R$26 bilhões na dívida mobiliária, de R$11,4 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária, e de R$86 milhões no financiamento externo líquido, contrabalançadas, parcialmente, pela redução de R$8,1 bilhões na dívida bancária líquida.

II - Dívida mobiliária federal

A dívida mobiliária federal interna fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$2.504 bilhões (43,4% do PIB) em outubro, registrando decréscimo de R$84,7 bilhões em relação ao mês anterior. O resultado refletiu resgates líquidos de R$110,6 bilhões, decréscimo de R$0,5 bilhão em razão da apreciação cambial e incorporação de juros de R$26,4 bilhões.

Destacaram-se os resgates líquidos de R$124,4 bilhões em LTN, de R$0,8 bilhão em NTN-C e de R$0,4 bilhão em NTN-A; e as emissões líquidas de R$7,5 bilhões em LFT de R$3,6 bilhões em NTN-B e de R$2,4 bilhões em créditos securitizados.

A participação por indexador registrou a seguinte evolução, em relação a setembro: a porcentagem dos títulos indexados a câmbio permaneceu em 0,5%; a dos títulos vinculados à taxa Selic elevou-se de 16,8% para 17,1%, devido a emissões líquidas de LFT; a dos títulos prefixados reduziu-se de 32,6% para 29,1%, pelos resgates líquidos de LTN; e a dos títulos indexados aos índices de preços passou de 25,3% para 25,5%, pelas emissões líquidas de NTN-B. A participação das operações compromissadas cresceu de 24,4% para 27,5%, apresentando vendas líquidas de R$101,6 bilhões.

Em outubro, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado era a seguinte: R$280 milhões, 0,01% do total, com vencimento em 2015; R$462,9 bilhões, 18,49% do total, com vencimento em 2016; e R$2.040,8 bilhões, 81,50% do total, vencendo a partir de janeiro de 2017.

No final de outubro a exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$402,3 bilhões. O resultado dessas operações no período (diferença entre a rentabilidade do DI e a variação cambial mais cupom) foi favorável ao Banco Central em R$19 bilhões.

III - Dívida líquida do setor público

A dívida líquida do setor público alcançou R$1.972,5 bilhões em outubro (34,2% do PIB), elevando-se 1,0 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. A valorização cambial de 2,87% registrada no mês respondeu por elevação de R$35,6 bilhões no estoque da DLSP.

No ano, a relação DLSP/PIB elevou-se 0,1 p.p., influenciada pela incorporação de juros (+7,4 p.p.), pelo deficit primário (+0,3 p.p.), pelo ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (+0,2 p.p.), pelo impacto da desvalorização cambial acumulada de 45,3% no período (-6,4 p.p.) e pelo efeito do crescimento do PIB nominal (-1,5 p.p.).

A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$3.814 bilhões em outubro (66,1% do PIB), elevando-se 0,1 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.

 

( da redação com informações de assessoria e edição de Genésio Araújo Jr)