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Ministro promete defender preservação do banco de germoplasma do dendê

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Consumo de óleo de palma cresce em média 3% ao ano no mundo, sendo usado na culinária, em cosméticos e como combustível

Em viagem ao Pará , ontem (25), o ministro Blairo Maggi (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) recebeu no município de Santa Barbara do Pará (PA) reivindicações para manutenção e ampliação da cadeia produtiva de óleo de palma.

A principal delas e que teve manifestação de apoio do ministro foi pela preservação do banco de germoplasma existente em Manaus, mantido pela Embrapa.

Foi solicitado apoio a uma política nacional voltada ao segmento, especialmente relacionada à pesquisa e ao desenvolvimento para garantir expansão e o aumento de novas espécies. “Vamos olhar principalmente para essa questão do banco, que está sob nosso controle, sob a nossa administração. Pode haver divergências quanto ao local onde ele deve situar-se, só não podemos perdê-lo, caso contrário não terá volta. Trata-se do interesse do país”, disse o ministro.

A produção mundial de óleo de palma é de 73,2 mil toneladas. Desse total, 85% são produzidos na Malásia e na Indonésia. O produto é usado na culinária, na produção de cosméticos e como biodiesel. O Brasil é o único país do mundo onde existe o zoneamento agroecológico, feito pela Embrapa em 2010. As maiores áreas plantadas encontram-se no Pará e em Rondônia. Há plantio também, no mato Grosso, Goiás e Maranhão.

De acordo com o diretor da Denpasa, Ovídio Brito, franceses que orientavam o trabalho com dendê na África trouxeram para o Brasil os melhores materiais genéticos do mundo por meio de parceria com a Embrapa. O material serviu de base para cruzamento com o dendê local formando o atual dendê brasileiro. “As sementes foram trazidas há muitos anos e por isso, está precisando haver renovação. A planta vai ficando muito alta e fica difícil colher o fruto e também isso é importante por questões sanitárias”, explicou o diretor.

Ele sugere replicar o banco de germoplasma “algo de interesse nacional” em dois ou três lugares com condições sanitárias. A alegação é de que isso garantiria a preservação no caso de acidente como um incêndio ou uma praga, por exemplo. 

Brito lembrou que na Indonésia são mais de 10 milhões de pessoas trabalhando com essa cultura e que no Brasil “há um horizonte de ser dessa proporção. E o país está precisando gerar empregos. O alicerce para isso, no longo prazo e de maneira sustentável, está na genética”, afirmou. O crescimento mundial do consumo tem sido em média de 3% ao ano.

Acesse a matéria da Rádio Mapa

Artur Hugen, com Coordenação geral de Comunicação Social/Foto: Divulgação