O turismo náutico é um dos segmentos com maior potencial de exploração num país com mais de 7 mil quilômetros de litoral como o Brasil. Para dinamizar o setor, começa ontem o 4º Congresso Náutica: Investimentos em Turismo Náutico e o São Paulo Boat Show 2018, maior salão náutico indoor da América Latina, que vai até 02 de outubro na capital paulista.
O evento expõe mais de 150 embarcações no centro de convenções São Paulo Expo, que deve receber mais de 32 mil visitantes, de acordo com os organizadores. Na última edição, mais de 330 embarcações foram vendidas, gerando uma movimentação de R$ 220 milhões.
"O turismo náutico com marinas bem estruturadas tem tudo para se desenvolver no Brasil, basta o país criar um ambiente favorável aos investidores, com mais segurança jurídica e processos simplificados", comentou o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, na abertura do salão. Na avaliação do ministro, o segmento simboliza bem como o país se auto-sabota. "Não é possível que uma marina demore mais de 12 anos para entrar em funcionamento", criticou.
Também participaram da solenidade o secretário nacional de Qualificação do Turismo do MTur, Bob Santos; o diretor de Planejamento e Gestão Estratégica do Ministério do Turismo, Neusvaldo Ferreira; e a diretora de Marketing e Apoio à Comercialização do MTur, Vanessa Mendonça.
Para discutir os gargalos, soluções e perspectivas para este mercado, o 4º Congresso Náutica vai reunir algumas das principais lideranças do segmento no Brasil. Documento entregue ao ministro do Turismo pelos representantes da atividade aponta necessidade da simplificação dos processos de implementação de marinas no litoral, lagos e rios. "O segmento náutico é união de família, negócios e empregos. Precisamos virar as cidades para o mar, lagos e rios", comentou Ernani Paciornik, presidente do Grupo Náutica.
Apoio ao segmento
O MTur trata o segmento náutico como prioridade estratégica da economia turística. Até 2017 a Pasta repassou R$ 261 milhões em recursos para ações que beneficiam orlas marítimas e fluviais e serviços relacionados ao turismo nessas regiões – como projetos de construção e reforma de portos, píeres, marinas, cais, atracadouros, urbanização de áreas portuárias e de orla de lagos e rios em todo país. O MTur também coordena o Grupo de Trabalho de Turismo Náutico, um fórum que aborda temas relacionados à regulamentação do setor e à estruturação do segmento, facilitando o diálogo com instâncias de governança e setor privado sobre o tema.
Neste momento, o GTT elabora um manual com orientações para a construção, licenciamento e operação de estruturas náuticas no Brasil. O documento trará informações para subsidiar o trabalho das empresas interessadas em explorar atividades náuticas, oferecendo subsídios para a implantação, modernização e regularização de marinas e garagens de barcos, além de auxiliar os gestores públicos responsáveis pela análise deste tipo de processo nos estados.
Artur Hugen, com MTur/Fotos: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56