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Outubro Rosa no Congresso é promovido com iluminação especial e ações sociais

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A abertura do evento, nesta terça-feira (2), contou com apresentações de dança afro e de balé clássico e com o lançamento do livro O grande Encontro, de Joana Jeker dos Anjos

Pelo oitavo ano a fachada do Congresso Nacional ganha iluminação especial até o fim do mês para marcar a participação do Senado e da Câmara dos Deputados no tradicional movimento internacional Outubro Rosa, de luta contra o câncer de mama.

A abertura do evento, nesta terça-feira (2), contou com apresentações de dança afro e de balé clássico e com o lançamento do livro O grande Encontro, de Joana Jeker dos Anjos.

A autora é presidente da Recomeçar, a Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília. No livro, ela narra sua experiência de ter sido diagnosticada com câncer de mama aos 30 anos, e de como venceu a doença para começar um grande movimento em prol de políticas públicas que atendam as vítimas.

Sua luta agora é para garantir um diagnóstico mais rápido por meio da aprovação, na Câmara, do projeto de lei (PL 3.752/2012 naquela Casa) que determina o prazo máximo de 30 dias para a realização de exames pelo SUS.

— Já há previsão para o primeiro tratamento em 60 dias, mas não há nenhuma lei ainda que determine um prazo para os exames. E a gente sabe que há muitas mulheres que esperam de seis meses até um ano para ter acesso a um diagnóstico no Sistema Único de Saúde — disse.

Prevenção

A importância da detecção precoce da doença foi ressaltada pelo senador Pedro Chaves (PRB-MS) na cerimônia de abertura.

— Se, no momento do diagnóstico, a doença estiver em estágio inicial, as chances de cura chegam a 95%. Na população mundial, a sobrevida média por cinco anos é de 61%. Desta forma, faço um apelo veemente pela conscientização da importância da prevenção do câncer de mama.

O senador defendeu a realização de forma obrigatória e preventiva da mamografia para mulheres até os 40 anos. A proposta é da Defensoria Pública da União (DPU) representada no evento por Jair Soares Junior, que destacou avanços como a oferta pelo SUS do medicamento para tratamento da doença.

Entre os convidados, Humberto Fonseca, secretário estadual de Saúde do Distrito Federal, anunciou o fim da fila de espera da mamografia, que já foi de mais de 10 mil mulheres nessa unidade federativa.

— O desafio hoje é a cirurgia, nós já temos a fila de mastectomia zerada em algumas regiões e estamos trabalhando muito forte para que consigamos ter a cirurgia realizada em tempo em todo o Distrito Federal — esclareceu.

Ações

As ações realizadas este mês por órgãos integrados nas duas Casas Legislativas foi destacado por outros convidados. Uma das ações é a de arrecadação de lenços para cobrir a cabeça de mulheres em tratamento contra a doença. No Senado são nove postos de coleta. Ao final da campanha, os lenços serão distribuídos para a Rede de Combate ao Câncer no Hospital de Base de Brasília.

O Congresso também disponibilizará o exame de mamografia para as funcionárias terceirizadas, dos dias 5 a 11 de outubro. São 104 vagas por dia, divididas na metade para Câmara e Senado.

— Temos a comunidade, temos os meios de comunicação, temos os órgãos internos e temos os gestores públicos dos três Poderes, é isso que precisa para a campanha funcionar. São esses órgãos que fazem o Outubro Rosa acontecer, são mulheres também que se apoiam — afirmou Rita Polli Rebelo, coordenadora da Procuradoria Especial da Mulher no Senado.

Artur Hugen, com Agência Senado/Foto: Waldemir Barreto/AS