Os candidatos Luis Carlos Heinze (PP) e Paulo Paim (PT) foram eleitos neste domingo (7) senadores pelo Rio Grande do Sul. Com 100% dos votos apurados, o candidato do PP foi o primeiro colocado com 2.316.177 votos – 21,94% do total –, e o do PT aparece logo atrás com 1.875.245 votos – 17,76% do total.
"Primeiro, vou trabalhar para eleger o Bolsonaro (presidente). Depois, vamos começar a estruturar. A dívida do estado é uma bandeira que vou levantar. Mas com uma negociação diferente da que temos. Ajuda a resolver os problemas do nosso estado", declarou ao G1 o senador mais votado.
"O diálogo tem que ser de um projeto de nação. Tem que olhar o projeto que nós defendemos e quais os outros setores defendem. Em cima disso, estabelecer o debate", comentou rapidamente Paulo Paim após entrevista coletiva ao lado do candidato derrotado do PT ao governo do estado, Miguel Rossetto.
Neste ano o eleitor escolheu dois candidatos ao Senado porque o mandato é de oito anos, mas as eleições ocorrem de quatro em quatro anos. Assim, a cada eleição, a Casa renova, alternadamente, um terço e dois terços de suas 81 cadeiras. Neste ano, 54 vagas estavam em disputa no país.
Nas pesquisas durante a campanha, Heinze em nenhum momento apareceu entre os dois candidatos preferidos dos entrevistados. Já Paim disputava a preferência ponto a ponto com José Fogaça (MDB). Porém, desde os primeiros dados divulgados na apuração das urnas, o concorrente do PP despontou em primeiro lugar e não caiu de posto.
Em entrevista ao Bom dia Rio Grande, Heinze defendeu o direito ao armamento pelos cidadãos. "Nós estamos trabalhando há algum tempo e já tem um projeto de lei pronto para ser votado na Câmara Federal que facilita novamente o acesso às armas para que as pessoas de bem, no interior ou aqui na Capital, possam ter, em qualquer parte das nossas fazendas, no campo, arma e também aqui na cidade."
E completou: "O que a gente quer é que as pessoas de bem, como era antigamente, vá na delegacia de polícia, apresente seus antecedentes para que possam ter a arma na propriedade rural ou ter arma dentro da cidade", disse.
Em entrevista ao Bom Dia Rio Grande, Paim defendeu a não adesão do Rio Grande do Sul no Regime de Recuperação Fiscal da União e apresentou uma alternativa, com um novo projeto. "Nós vamos assegurar que a dívida do Rio Grande do Sul fica paga e a União vai ter que devolver em torno de R$ 10 a 15 bilhões".
O senador, que vai para a quinta legislatura, ainda salientou o trabalho no Congresso em busca da restituição de valores da Lei Kandir. "A Lei Kandir nos tirou mais de R$ 50 bilhões. Prometeram recuperar e não recuperaram. Agora devolveu o que tiraram. Nós temos lá um relator no Senado que, se aprovado aquele projeto, pelo menos o Rio Grande do Sul recebe de imediato mais de R$ 4 bilhões".
Beto Albuquerque, do PSB, ficou na terceira colocação e Carmen Flores, do PSL, encerrou em quarto lugar. José Fogaça, do MDB, que liderava as pesquisas, levou a quinta posição.
Veja quem são os 31 deputados federais eleitos pelo Rio Grande do Sul
O Rio Grande do Sul elegeu neste domingo (7) 31 deputados federais. A partir de 2019, eles devem representar o estado na Câmara dos Deputados, com mandato vigente até 2022.
Com cinco candidatos eleitos, o PT terá o maior número de representantes. O PP e o MDB ficaram em segundo lugar em número de cadeiras conquistadas, com quatro cada um. PDT e PSL ficaram com três cadeiras cada. O candidato mais votado foi Marcel Van Hattem, do NOVO, com 349.855 votos.
Veja a apuração completa para deputado federal no Rio Grande do Sul
Os 31 eleitos são filiados a 14 partidos diferentes. A lista tem 19 reeleitos.
Confira abaixo a relação dos deputados federais eleitos pelo Rio Grande do Sul (em destaque, os reeleitos):
19 de Novembro, 2024 às 23:56