De olho na melhoria econômica, muitas cidades que ganham homenagens cívicas conseguem atrair mais turistas e mais comércio. No retorno das sessões deliberativas, os senadores analisarão uma variedade de títulos a serem concedidos a municípios brasileiros.
Três dessas propostas já estão prontas para a votação em Plenário. É o caso de Atibaia. Outro exemplo é o PLC 3/2017, que confere o título de Capital Nacional das Histórias em Quadrinhos a Santa Isabel (SP), por ser a terra natal do desenhista Maurício de Sousa e local de inspiração de alguns dos seus mais famosos personagens. Também já pode ser votado o PLC 49/2017 para nomear o município de São Joaquim (SC) como Capital Nacional da Maçã, uma referência nacional na produção da fruta que movimenta mais de 50% da economia local.
E quando se trata de comida e bebida, são muitas as cidades candidatas ao título de melhores no setor. Marília, no interior paulista, pode se tornar a Capital Nacional do Alimento, se o PLC 58/2018 for aprovado. Já o título de Capital Nacional do Açaí pode ser de Belém, de acordo com o PLS 26/2018. O município gaúcho de Lagoa Vermelha deve receber o título de Capital Nacional do Churrasco, defendido pelo PLS 193/2018. A Capital Nacional do Moscatel poderá ser Farroupilha (RS), como propõe o PLC 83/2018. E a cidade de Salinas (MG) será chamada de Capital Nacional da Cachaça, se depender do PLC 93/2018.
Outras cidades se destacam por sua manifestação artística. A música produzida em Oeiras, no Piauí, pode lhe render o título de Capital Nacional dos Bandolins, como prevê o texto do PLS 210/2018.
A oferta de serviços de saúde também aparece. É o caso de Jaú (SP) que, por meio do PLS 277/2018, pode ganhar o título de Capital Nacional da Prevenção do Câncer.
E, finalmente, o título de Capital Nacional da Cerâmica de Alta Temperatura pode ser reservado à cidade de Cunha (SP) por sua tradicional produção de peças de argila, se os parlamentares aprovarem o PLC 65/2018.
Duas cidades brasileiras disputam o título de Capital Nacional do Morango. Tanto Atibaia, no interior de São Paulo, quanto ao município mineiro de Bom Repouso se destacam como produtoras do fruto. A cidade paulista é pioneira na adoção de técnicas de produção sustentável, que começou em 1950. Já o município de Minas Gerais tem a área recordista na plantação desse fruto no país, com 25 milhões de mudas cultivadas por 3 mil produtores.
A decisão cabe aos parlamentares, que devem analisar uma proposta a favor de Atibaia — o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 77/2017, que já tem parecer favorável — e outra que beneficia Bom Repouso — o Projeto de Lei do Senado (PLS) 321/2018, que ainda aguarda designação de relator na Comissão de Educação e Cultura (CE).
Quando aprovado, o título passará a ser usado em documentos, mensagens e propagandas oficiais. Com mais divulgação, a expectativa é o aumento do consumo e dos investimentos que impulsionam a geração de empregos.
Artur Hugen, com Agência Senado/Foto: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56