O próximo presidente da República assume um país pouco competitivo e avaliado como tendo a pior carga de regulações do setor público em todo o mundo.
O resultado desse cenário foi, uma vez mais, a queda do Brasil no ranking internacional de competitividade, afetada ainda pela falta de abertura da economia nacional, um mercado de trabalho pouco flexível, crime e falta de qualidade na educação.
A classificação foi divulgada pelo Fórum Econômico Mundial que, neste ano, apresentou o Brasil na 72ª posição. No ano passado, a economia brasileira era a 69ª mais competitiva do mundo.
Na avaliação do Fórum, países como Armênia, Bulgária ou Romênia têm hoje economias mais competitivas que a brasileira.
O País também é o menos competitivo entre os membros dos Brics e, mesmo na América Latina, o Brasil aparece apenas na 8ª posição.
Para chegar a essa constatação, a entidade avalia dezenas de indicadores, divididos em 12 pilares. Um dos mais problemáticos para o País é a avaliação de suas instituições. Entre 140 países avaliados, o Brasil ocupa a última posição no que se refere à carga de regulação do setor público.
Para completar, o País continua sendo um dos mais fechados do mundo em termos comerciais. Em termos de tarifa de importação, apenas 15 economias são consideradas como menos competitivas que a brasileira. No critério que mede barreiras técnicas, o Brasil também aparece entre os quatro piores. Essas características, portanto, colocam a economia nacional com uma “pobre integração aos mercados globais”.
Positivo
Entre os pontos positivos estão a capacidade de inovação (40.º colocado). Mas o Fórum insiste que a economia nacional continua abaixo de seu potencial nesse aspecto. “A integração pobre de políticas e a falta de coordenação entre os setores público e privado estão entre os fatores institucionais inibindo esse desempenho”, indicou a entidade. A inovação ainda não foi traduzida no dinamismo do setor empresarial.
De acordo com uma das principais responsáveis pelo ranking, Saadia Zahidi a liderança em termos de competitividade internacional é da economia dos EUA, seguida por Cingapura e Alemanha.
Artur Hugen, com Revista Ferroviária/Estadão/Foto: Divulgação
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19 de Novembro, 2024 às 23:56