A liberação de recursos para a revitalização da Serra do Rio do Rastro foi, uma importante conquista. No entanto, é preciso realmente ir além disso.
É preciso que se olhe com carinho para a situação da Ponte das Goiabeiras, sobre o Rio Pelotas, na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A ponte rasteira liga os dois Estados. No lado gaúcho, até a BR-285, em Bom Jesus, precisa de pavimentação. A precária ponte é uma vergonha, pois são os produtores rurais que a conservam com seus próprios recursos e pessoal.
‘Saco de pregos’
O deputado Milton Hobus, reeleito pelo PSD, disse que “o governo catarinense se manifestou em duas ocasiões perante mais de 50 pessoas que iria resolver a situação da ponte, inclusive concedeu entrevistas sobre o caso, mas não veio nenhum ‘saco de pregos’ até agora, um exemplo de descaso para a região, pois a Ponte das Goiabeiras tem sido arrumada pelos produtores rurais.
Pagamento
O parlamentar informou que a Engenharia Militar, por intermédio do 1º BFv., que está trabalhando na implantação da SC-114, também denominada Rodovia César Martorano, localizada numa das regiões mais inóspitas do Planalto Meridional, e da Serra Catarinense, enfrenta temperaturas, no inverno de – 10º C. Disse também que o general do Exército que coordena os trabalhos, enviou ofício ao Governo de Santa Catarina para que ele(governo) cumpra com o pagamento de R$ 5.190.012,16 previstos no Contrato 1702100/EB. Entretanto, o Estado sinalizou o pagamento de apenas R$ três milhões esse ano”, afirma Hobus.
Grupo
Já o coordenador do Grupo de apoio à construção da Rota “Caminhos da Neve”, bom-jesuense Jaziel de Aguiar, disse que a ponte já caiu quatro vezes e continua aos trapos e a recuperação tem sido feita pelos produtores da região, mas mantém a esperança que lideranças políticas se manifestem com boas notícias. Afirmou ainda que o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, está ciente de tudo isso e prometeu ainda neste ano tentar encaminhar uma solução. Ele entende que o trecho é vital para o fluxo turístico entre as serras de ambos os Estados.
“Um dia, quando tudo estiver pronto, as regiões poderão computar um fluxo aproximado de mil veículos por dia, o que totalizaria cerca de 500 mil turistas anualmente, além dos benefícios da logística para o escoamento da produção regional. A luta é árdua. Mas já esteve em situação pior. A federalização deve agora ter efeito positivo, e, claro, a partir de muito empenho dos políticos nas esferas Estaduais e Federal”, conclui, Jaziel de Aguiar.
Obra
A obra possui um total de 29.4 quilômetros de extensão no lado catarinense. Com o atual Plano de Trabalho, serão concluídos 18 quilômetros de rodovia, totalmente pavimentada e com toda a superestrutura concluída. Restarão 11,4 quilômetros a serem implantados.
“A rodovia estende-se para o lado gaúcho até o município de Bom Jesus (RS), com mais 40 quilômetros a serem implantados. Recentemente a obra foi federalizada atendendo uma solicitação da população serrana gaúcha e catarinense, com vistas ao maior desembolso de recursos, para que seja concluída com mais agilidade, já que é uma importante rota turística e fomentará o desenvolvimento regional
Da redação com Edição de Artur Hugen/Fotos: Divulgação
19 de Novembro, 2024 às 23:56